Ministério Público diz que vai cobrar novos leitos na unidade hospitalar.

Do G1 CE, com informações da TV Verdes Mares

A promotoria de Justiça do Ceará fez um relatório a respeito do Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e classificou o nível de serviço da unidade como "caótico". Segundo a promotoria, mais de 120 pacientes são atendidos nos corredores, em um espaço apelidado por pacientes e acompanhantes com "piscinão".

O relatório foi apresentado nesta quinta-feira (2) à Secretaria da Saúde do Estado, responsável pelo hospital, e cobra a instalação de 300 novos leitos no local, para um atendimento "humanizado" dos pacientes.

Foram constatados também a falta de medicamentos e equipamentos quebrados, alguns deles expondo funcionários a riscos. Com o documento, a promotora de Defesa da Saúde Pública no Ceará, Isabel Pôrto, diz que vai cobrar uma resolução do estado e do município de Fortaleza para melhorar o atendimento no local.

"O Ministério Público não tem poder de resolução dessa questão. Quem tem que resolver é a administração pública, então convocamos aqui os gestores para que eles contratem leitos resolutivos, leitos suficiente para poder tirar esses pacientes do HGF", diz Pôrto.

O diretor do Hospital Geral de Fortaleza, Zózimo Medeiros, diz que a unidade tem 96 leitos e atende com mais do dobro desse número de pacientes. Ainda segundo o diretor, a maior parte dos pacientes que superlotam o hospital já foram atendidos em outros hospitais e deveriam ser transferidos para hospitais de atenção secundária, mas não há leitos suficientes nesses hospitais.

"Se você não tiver essa reestruturação de você ter Central de Regulação Única, um posto básico de atenção secundária e atenção terciária, Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] e UPA [Unidade de Pronto Atendimento] que falem a mesma língua, a gente não vai chegar a lugar nenhum nunca", afirma o diretor.