Caririaçu-CE: Comunidades protestam contra o implante do Aterro Sanitário no município
André Costa
No dia 21 de Janeiro deste ano, prefeitos dos municípios pertencentes à região Metropolitana do Cariri definiram que localização do Aterro Sanitário seria mesmo na cidade de Caririaçu. A decisão foi unanime, já que, mesmo com a vontade e a melhor condição técnica do Crato, o processo que envolve o terreno no município de Caririaçu já está bem adiantado. Além da escolha da localidade, também foram discutidos custos operacionais, licenciamento ambiental e a administração do aterro.
O inicio das obras, que custará cerca de R$ 20 milhões, está previsto para Novembro, porém, a comunidade do Sítio Gravatá tenta barrar esta decisão, alegando que comunidades adjacentes sofrerão vários prejuízos.
Segundo moradores da localidade, o riacho que corta as comunidades é o principal meio de sustento dos ribeirinhos. Além de dar vazão às águas no período invernoso, o liquido precioso é usado para cultivo e alimentar animais.
Eles temem que a construção do aterro polua as águas, uma vez que a implantação está prevista para menos de 100 metros do riacho. Um dos lideres da comunidade questiona o estudo feito na área e põe em xeque “a idoneidade com que ele foi realizado”.
“Realizamos um relatório em paralelo com o estudo que eles dizem ter feito, e apontamos diversos pontos falhos. Existem três escolas de nível fundamental situadas próxima a onde querem implantar o aterro; além da poeira que será gerada, as crianças terão que enfrentar o forte mau cheiro?” questiona Islânio Cruz.
Além das unidades de ensino, Islânio menciona os postos de saúdes, poços profundos e artesanais, passagens molhadas e cisternas lá existentes.
A comunidade se queixa também, do seleto público que participou da audiência pública realizada pela Superintendência do Meio Ambiente do Ceará – SEMACE, em 31 de Janeiro, nos municípios de Caririaçu e Crato.
“O encontro que teria o intuito de apresentar o projeto e seus impactos ambientais e ao fim prestar esclarecimentos e tirar dúvidas dos moradores, apesar de ser aberto ao público, não contemplou a todos. Muitas dúvidas não foram sanadas e os questionamentos não respondidos”, salienta Islânio.
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