PSD consulta diretórios para decidir sobre apoio à reeleição de Dilma

Kassab nega que decisão tenha vínculo com participação no governo.

Felipe NériDo G1, em Brasília

O presidente do Partido Social Democrático (PSD), Gilberto Kassab, anunciou nesta quarta-feira (27) em Brasília que a sigla começou a  consultar os diretórios regionais para definir se apoiará a candidatura da presidente Dilma Rousseff nas eleições presidenciais de 2014. Em entrevista coletiva, Kassab informou que, até agora, representantes do partido na Bahia, em Rondônia e Rio Grande do Norte já manifestaram apoio à candidatura da presidente.

Segundo o ex-prefeito de São Paulo, o resultado das consultas será conhecido ainda neste ano. Nas próximas semanas os diretórios de Amazonas, Mato Grosso e Ceará deverão se manifestar.

Kassab negou que o apoio à Dilma esteja vinculado à possibilidade de participação do PSD em um ministério do governo federal. “Já deixamos claro que o partido não irá fazer o ‘toma lá da cá’. Não iremos condicionar um eventual apoio à participação em governo. Isso é uma prática velha da política brasileira que nós queremos que seja página virada”, declarou.

Para o líder do PSD na Câmara dos Deputados, Eduardo Sciarra (PR), a decisão dos três estados confirma um posicionamento que já tem sido tomado pela sigla no Congresso Nacional.

"Houve uma manifestação de apoio ao governo Dilma Rousseff, como o partido vem se comportando ao longo desse último ano na maioria das votações. O partido tem tido independência, mas majoritariamente tem caminhado para votações em que coincide com a posição do governo", declarou.

Governadores
O presidente do PSD afirmou, ainda, que o partido tem a intenção de lançar candidatura para governador em todos os estados, mas negou que seu nome esteja confirmado para disputar o cargo em São Paulo.

“É importante para um partido que está nascendo [ter candidato em todos os estados] e que vai disputar pela primeira vez a eleição de governador. [...] Mas lá em São Paulo estamos discutindo essa  questão. Haverá um esforço, sim, para que o partido tenha um candidato próprio a governador, mas temos outros nomes”, disse.