As discussões no plenário da Assembleia Legislativa do Ceará devem se intensificar neste ano em comparação a 2012, segundo avaliação da maioria dos deputados. Com as eleições de 2014 se aproximando, parlamentares deverão participar mais das atividades em plenário, como vitrine para o pleito do próximo ano. Eles apontam que seca, segurança pública e ações para Copa das Confederações e do Mundo devem ser os principais assuntos discutidos na nova legislatura que começou ontem, pois são as áreas que têm maior urgência.
Para o deputado Fernando Hugo (PSDB), a maior reverberação, sem dúvida, será em relação à seca. Ele afirma que é preciso conclamar todas as estruturas governamentais para salvar a população nordestina, em especial a cearense, dos efeitos da estiagem - considerada a pior dos últimos 40 anos. "O Governo Federal tem sido um péssimo parceiro do Governo do Estado em relação à seca". Indagado sobre o posicionamento do PSDB em relação ao Governo na Assembleia, o parlamentar - que apoiou prefeito eleito Roberto Cláudio (PSB) no segundo turno das eleições - disse que deve continuar, de forma independente, "aplaudindo o governador Cid Gomes e sua equipe", mas fazendo "virgulações, sempre alertando e chamando a atenção positivamente", quando necessário.
Comissão
O deputado Danniel Oliveira (PMDB) também acredita que a seca vai passar pelas principais discussões na Casa. Ele afirmou, inclusive, que entrou ontem com um pedido para criar uma nova comissão provisória para atender e buscar soluções para levar água para a população dos municípios que sofrem com o desabastecimento.
A deputada Fernanda Pessoa (PR) afirmou que espera um maior engajamento dos deputados em relação à seca. Segundo ela, a situação é bastante grave. A parlamentar revelou que tem recebido denúncias de que, em algumas cidades, como General Sampaio, associações que não votaram na prefeita eleita não têm recebido os "tickets" de acesso aos carros-pipa.
Ainda em relação aos efeitos da estiagem, a deputada Bethrose (PMDB) afirmou que a bancada feminina na Assembleia - atualmente com nove deputadas - teve uma "pré-reunião" para discutir o que pode ser feito para tentar diminuir a burocracia, que, na avaliação dela, tem atrapalhado o andamento das ações contra a seca. Ela disse ainda que as mulheres vão buscar maior reconhecimento na Casa, por meio das presidências das Comissões Permanentes, "nesse que será um ano pré-eleitoral decisivo".
Comentários