Sarney diz que guardará 'lembranças pessoais' de amizade com Niemeyer
'Perdemos ícone nacional e que vai marcar a história para sempre', afirmou.
Mariana OliveiraDo G1, em Brasília
O presidente do Senado e ex-presidente da República, José Sarney, afirmou na noite desta quinta-feira (5) que guardará "lembranças pessoais" da amizade que cultivou com o arquiteto Oscar Niemeyer.
Niemeyer, de 104 anos, morreu no Rio às 21h55 desta quarta-feira (5). Ele estava internado desde 2 de novembro no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul. Reconhecido internacionalmente por suas obras, Niemeyer completaria 105 anos em15 de dezembro.
"Oscar sabia cultivar amizades. Eu tenho lembranças muito pessoais, muito particulares, porque eu trouxe ele de volta a Brasília depois da ditadura. Eu o trouxe e nós recriamos o Conselho de Arquitetura e Urbanismo. Foi, então, que ele fez o Panteão da Pátria [obra na Praça dos Três Poderes]", relembrou Sarney sobre seu período como presidente (1985-1990).
O presidente do Senado disse que "Brasília prestará uma grande homenagem a Niemeyer nesta quinta". Sarney destacou que o Congresso fará homenagens porque Niemeyer "fez aqueles dois prédios em formado de H que representam a história". "Ele receberá homenagens do país inteiro."
Na avaliação de Sarney, com a morte do arquiteto o Brasil perde um "gênio". "O Oscar era o maior artista brasileiro, um gênio que marca um tempo na história do Brasil, na cultura. É perda para o país, mas é uma perda mundial também. Porque ele marcou suas qualidades e seu talento na arquitetura mundial."
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