Cedro O secretário de Infraestrutura deste município, localizado na região Centro-Sul, Manoel Siqueira esclareceu, ontem, em sessão na Câmara de Vereadores, o motivo de paralisação de obras de reconstrução e reforma de quatro praças, postos de saúde, do estádio de futebol e de implantação de pavimentação em várias ruas. A bancada da oposição, desde a semana passada, cobra da Prefeitura Municipal explicações sobre a suspensão dos serviços.

Na Câmara Municipal de Cedro, durante sessão legislativa, o secretário de infraestrutura, Manoel Siqueira, falou na tribuna, esclarecendo convênio entre município e a Caixa Econômica Federal 

Manoel Siqueira ocupou a tribuna da Câmara Municipal e apresentou um relatório sobre a execução e liberação de recursos de várias obras de urbanização que estavam em construção, mas que foram paralisadas. "Em respeito à cidadania e ao povo de Cedro, esclarecemos que as obras foram paralisadas em decorrência do atraso na liberação de recursos por parte da Caixa Econômica Federal", frisou. "Os convênios foram assinados e está tudo dentro da legalidade".

O secretário de Infraestrutura distribuiu cópias dos convênios firmados entre o município e a Caixa Econômica e apresentou um relatório com informações técnicas sobre a fonte de recursos, quantitativos liberados, empresas contratadas e valor de contrapartida do município. "Houve dificuldades com os convênios, os recursos não foram liberados e as obras tiveram que ser paralisadas, mas está tudo regular", observou Siqueira. "Queremos esclarecer qualquer dúvida", disse.

Do lado de fora da Câmara, o vice-prefeito, Arnóbio Araújo, aguardava o desfecho da sessão. Dezenas de moradores, divididos em blocos da oposição e da situação, acompanharam os debates. "Isso tudo é uma questão política e a oposição está tentando confundir o povo", disse Araújo. "Houve atraso no repasse de verba, por isso as obras foram paralisadas, mas tudo foi feito com transparência, seriedade e responsabilidade".

Articulação

Arnóbio Araújo foi enfático em afirmar que toda mobilização é resultado de uma articulação política da oposição com a finalidade de tirar proveito político. "Isso não tem cabimento", disse. "Vamos provar que não existe irregularidade e que a construção é demorada porque a Caixa Econômica atrasa o repasse de verba". Na semana passada houve manifestação em frente à Câmara de Vereadores e a oposição cobrou esclarecimentos acerca da paralisação das obras e anunciou que pretende instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar possíveis irregularidades na administração municipal.

O vereador da oposição, Gilberto Barbosa, disse que não ficou convencido com as explicações apresentadas na última sessão. "Vamos solicitar da Caixa Econômica que nos envie um relatório sobre os convênios firmados com o município", anunciou. "Precisamos conhecer os valores liberados para cada obra", salientou.

Após o recebimento do relatório da Caixa Econômica, a bancada da oposição pretende visitar as obras em companhia de um engenheiro. "O nosso objetivo é verificar no local o que foi executado", disse Barbosa. Os oposicionistas pretendiam, na última sessão, fazer a leitura de requerimento pedindo a instalação de uma CPI, mas foi adiada para a próxima semana. "Não demos entrada, estamos tendo dificuldades e o prazo para o encerramento do período legislativo está curto", observou.

Ações

A vereadora da oposição, Ana Nilma Freitas disse que tramita na Justiça duas ações (civil e penal) encaminhadas pelo Ministério Público Estadual que investiga possíveis irregularidades em contratação de bandas de forró. "Defendemos a instalação de uma CPI para apurar todos esses fatos", afirmou.

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HONÓRIO BARBOSA
REPÓRTER