Padilha é nome cotado para disputar governo de SP em 2014, diz Falcão

Para presidente do PT, governar maior cidade do país pode refletir em 2014.

Tatiana SantiagoDo G1 São Paulo

Após a vitória do novato nas urnas Fernando Haddad (PT), o presidente do partido, Rui Falcão, afirmou nesta segunda-feira (29) que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, é um dos nomes cotados para disputar o governo de São Paulo.

“Padilha é um nome cotado para disputar o governo de São Paulo em 2014. Ele seguramente poderá ser opção. Mas isso só será definido o ano que vem”, disse Falcão.

Assim como Haddad, o médico infectologista Padilha jamais disputou uma eleição.

Para Falcão, a vitória do PT em São Paulo tem repercussão nacional. Segundo ele, o fator "mudança" foi fundamental para a vitória na capital paulista.

“A população votou pela mudança, pelas qualidades do nosso candidato, mas votou também em confiança ao ex-presidente Lula e a aprovação que ele continua tendo no país. O fato de governar a maior cidade do país pode refletir nas eleições presidenciais de 2014", disse.

Falcão delcarou ainda que pretende propor que nas prefeituras em que o PT está no poder não ocorram prévias nas próximas eleições, ao menos se o prefeito que esteja governando não queira continuar.

Aliança com PSD 
Rui Falcão também disse na manhã desta segunda-feira, na sede do partido, que busca aliança nacional com o PSD, sigla comandada pelo atual prefeito Gilberto Kassab.

“Nós apoiamos o PSD em Ribeirão Preto, a Darcy Vera, já no compromisso de que a Darcy Vera estará no palanque da presidenta Dilma em 2014”, disse Rui Falcão. “Se o PSD todo vier será muito bem vindo”, completou dizendo que espera a manutenção das alianças atuais e ampliação das alianças.

Quando questionado se o partido espera também o apoio do PSD em São Paulo, Falcão disse que Haddad e outros partidários vão articular a transição e a composição da Câmara Municipal.

 “É evidente, que qualquer prefeito eleito, um dos primeiros passos é tentar conseguir maioria na Câmara Municipal, naturalmente, é conseguir uma maioria dentro de princípios, dentro de programas, de projeto.”

O presidente nacional do PT disse que o partido teve uma "grande vitória" no segundo turno das eleições e declarou que não sabe avaliar o impacto do mensalão nas urnas, se teve alguma relação com alto índice de abstenção na capital paulista.

“Se nós agregarmos essa votação [de Haddad] à da base aliada, nós tivemos ontem uma consolidação do nosso projeto nacional, que começou com o governo Lula em 2003 e avançou nesses dois anos com o governo Dilma. O resultado eleitoral reflete a aprovação da população e nós estamos muito satisfeitos com esse resultado”, disse presidente da sigla.

Falcão também disse que a tentativa de adversários em vincular os candidatos do partido ao julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) não surtiu efeito. “O importante é que a respeito da campanha que foi feita, houve uma certa tentativa de criminalizar o PT, nós fomos o partido que obtivemos o maior número de votos no primeiro turno e somos o partido que vai governar o maior número de eleitores a partir de 2013”, completou.

Sobre as ausências dos petistas José Dirceu e José Genoino ele disse que a direção do partido não estará desfalcada. “Nenhum dos dois é membro da Executiva Nacional. O partido é amplo, grande, cresceu o número de filiados”, respondeu.

Derrotas
Sobre a derrota do PT para o PSD em três capitais do país após o rompimento das alianças entre as siglas, o presidente nacional do partido disse que Falcão não vê problemas. “ As eleições municipais se fragmentam, cada partido quer crescer. O PSD querer compor a base aliada, apoiar o governo Dilma é o que importa. Não perdemos para a oposição, nós perdemos para um aliado", afirmou.

Em relação à perda da Prefeitura de Diadema, tradicional reduto petista, ele disse que a população optou pela renovação e que o governo estadual contribuiu para a eleição do seu candidato.

Sobre o PSDB, partido derrotado nas urnas na capital paulista, Falcão disse que os tucanos saíram "desfortalecidos". “O partido se enfraqueceu pelo numero de prefeituras que perdeu e pelas eleições aqui em são Paulo, mas ainda é um partido forte, constituído”, disse.