Em comemoração, a candidata eleita Mônica Aguiar, com o marido, deputado Sérgio Aguiar, e seu vice, José Olavo, em meio a eleitores
Camocim Numa das mais acirradas campanhas políticas da história deste município, a candidata da coligação "Camocim merece o melhor", Mônica Aguiar (PSB), derrotou o situacionista "Chiquinho do Peixe" (PT), apoiado pelo prefeito Chico Vaulino, por apenas 374 votos de diferença, em um colégio eleitoral de 4.147 votantes. Mônica ficou com 18.306 votos, "Chiquinho", 17.932. No pleito, duas urnas que apresentaram problemas, foram substituídas e a votação continuo normalmente.
A partir das 20h30 de ontem, os correligionários da prefeita eleita se digiram ao comitê central de campanha para comemorar a vitória, ao som de um mini trio elétrico. Somente por volta das 22h, a candidata eleita apareceu no local, saindo em carreata pela orla marítima. Já sabendo da vitória, disse que suas prioridades serão a saúde e educação do povo de sua cidade.
O pleito em Camocim foi marcado por diversos problemas. A começar, na véspera da eleição, pela prisão do presidente da Câmara, vereador Ricardo Vasconcelos. Ele foi flagrado por volta das 22 horas da última sexta-feira pela Polícia Militar com vários santinhos no seu carro e a importância de R$ 555,00, distribuídos em sete montes de dinheiro, em cédulas de R$ 10,00 e R$ 20,00. O delegado Airton José da Silva esclareceu que o parlamentar foi levado à delegacia mas não foi preso em flagrante.
"Como não pegamos ninguém recebendo dinheiro, não se configurou a princípio a compra de votos e, portanto, não fizemos o flagrante. No entanto, abrimos um inquérito policial para apurarmos o fato". Os advogados do vereador disseram apenas que ele não cometeu nenhum ato ilícito.
O juiz da 32ª Zona Eleitoral, Rogério Henrique do Nascimento, foi obrigado a acionar a Polícia Federal em várias ocasiões, a maioria das vezes, para dispersar alguma pessoas que ficaram a menos de 100 metros das seções eleitorais após votarem. Por volta das 10 horas, aconteceu o momento mais tenso. Policiais da Civil, PM e PF foram chamados até as proximidades da Igreja Matriz, para dispersar eleitores.
O tenente-coronel PM, João Batista, enfatizou que, apesar de tudo, a eleição pode ser considerada das mais calmas. "Temos muitas denúncias de lado a lado. Mas, de concreto, pouca coisa se constatou", afirmou ele.
Muitos eleitores reclamaram das más condições para votar em alguns locais. Foi o caso de quem compareceu às três seções eleitorais que funcionaram no Núcleo de Arte, Educação e Cultura (Naec).
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