PGE quer analisar contas do PSL para avaliar suspensão do fundo partidário e afastamento de Bivar

Os políticos apontaram em representação à PGE elementos de ilegalidades cometidas na direção da agremiação

PGE quer analisar contas do PSL para avaliar suspensão do fundo partidário e afastamento de Bivar Andréia Sadi e Mariana Oliveira [caption id="attachment_157235" align="alignleft" width="300"] O presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE) — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil[/caption] A Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) deve pedir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dados sobre as prestações de contas do PSL antes de avaliar o pedido do presidente Jair Bolsonaro e de mais 23 parlamentares para bloquear repasses do fundo partidário à legenda. O grupo também pediu o afastamento do presidente do partido, Luciano Bivar. Os políticos apontaram em representação à PGE elementos de ilegalidades cometidas na direção da agremiação. Os autores do pedido citam que o fundo partidário é composto de recursos públicos e só em 2019 o PSL terá direito a aproximadamente R$ 110 milhões. Segundo o blog apurou, a Procuradoria pretende instaurar um procedimento para: consolidar as prestações de contas do PSL, pedir informações sobre o funcionamento de entidades que atuam em parceria com o partido, obter cópias das prestações apresentadas ao TSE, e verificar se as informações sobre as contas estão disponíveis para a população. A PGE também quer verificar se as autoridades em Pernambuco estão apurando notícias de uso irregular de recursos nas campanhas do PSL. Depois que todas as informações forem apresentadas, a Procuradoria deve avaliar quais medidas tomar em relação ao pedido de Bolsonaro e mais 23 parlamentares. O grupo sugeriu que o procurador-geral eleitoral, Augusto Aras, entrasse com ação no TSE ou em outros tribunais para averiguação das informações. Bolsonaro e os parlamentares já solicitaram ao próprio PSL a apresentação das últimas prestações de contas, mas frisaram que a resposta foi "dissimulada" e que houve tentativa de expulsão ou suspensão de parte dos políticos que assinam o pedido. Para o grupo, "a recusa em apresentar os documentos solicitados (...) já pode ser considerado indício de mau uso do dinheiro público" e que "a omissão e falta de transparência na prestação de contas é algo recorrente no partido".

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