Câmara aprova cassação de prefeito de Uruburetama

Câmara por unanimidade afasta prefeito de Uruburetama

Câmara aprova cassação de prefeito de Uruburetama Por Redação José Hilson de Paiva foi afastado do cargo e preso após acusação de crimes sexuais contra pacientes [caption id="attachment_157145" align="alignleft" width="300"] Todos os 12 vereadores de Uruburetama compareceram à sessãoFoto: Kílvia Muniz[/caption] O prefeito afastado José Hilson de Paiva foi cassado na manhã desta segunda-feira (28) na Câmara Municipal de Uruburetama. O processo foi aprovado por unanimidade entre os vereadores presentes. A defesa do prefeito cassado afirma que a sessão que aprovou a perda do mandato do gestor pode ser anulada na Justiça. Um dos argumentos é que os advogados não foram notificados. Documento da Câmara, no entanto, comprova a notificação na última sexta-feira (25). A sessão começou por volta das 9h. O gestor está preso desde julho deste ano, na Unidade Prisional Irmã Imelda Lima Pontes, em Aquiraz, na Grande Fortaleza. O vice-prefeito Artur Wagner Vasconcelos Nery (PCdoB) é quem comanda a cidade desde o afastamento. Preso Primeiro, Paiva foi expulso do partido político (PCdoB) e afastado da gestão da prefeitura municipal de Uruburetama. Depois, proibido de exercer a medicina pelos próximos seis meses. Está preso desde 18 de julho. Em menos de uma semana, desde a denúncia, José Hilson de Paiva, 70, foi alvo de sanções administrativas e penais. As medidas começaram a ser tomadas após o Sistema Verdes Mares exibir vídeos de pacientes sendo abusadas sexualmente dentro do consultório pelo médico e prefeito afastado. Ao ser preso, o médico disse, em depoimento à polícia, que os estupros e as gravações dos atos se tornaram um "vício", segundo informou a Secretaria da Segurança Pública do Ceará (SSPDS) à época. Segundo a delegada do município de Cruz, Joseanna Oliveira, o médico disse, ainda, que a prática virou fetiche há décadas e era um hobby fazer as gravações utilizando celulares e câmeras digitais. Desde 1986 As primeiras denúncias ocorreram em 1986. Em 1994, duas mulheres foram à polícia denunciar José Hilson de Paiva por assédio sexual durante as consultas. O caso foi arquivado, sem que o médico fosse denunciado pelos crimes. Em 2018, o prefeito voltou ao noticiário mais uma vez quando um dos vídeos com as relações abusivas que ele mesmo gravou foi divulgado na imprensa. Com a repercussão do caso, cinco mulheres procuraram a polícia e denunciaram o médico por crimes sexuais.

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