Comissão diz ser 'extremamente grave' declaração de Bolsonaro sobre pai do presidente da OAB


Declaração de Bolsonaro sobre desaparecido na ditadura provoca reações

Comissão diz ser 'extremamente grave' declaração de Bolsonaro sobre pai do presidente da OAB Por Matheus Leitão Declaração de Bolsonaro sobre desaparecido na ditadura provoca reações [caption id="attachment_155446" align="alignleft" width="300"] Declaração de Bolsonaro sobre desaparecido na ditadura provoca reações (g1.globo.com/politica)[/caption] A presidente da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, Eugênia Gonzaga, afirmou ao blog considerar "extremamente grave" a declaração do presidente Jair Bolsonaro sobre a morte de Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, opositor do regime militar. Fernando Santa Cruz é pai de Felipe Santa Cruz, atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil. Bolsonaro disse que ele foi morto pelo grupo de esquerda Ação Popular, chamado pelo presidente de "grupo terrorista". A Comissão da Verdade, porém, diz que ele foi morto pela ditadura. "Consideramos extremamente grave pela dor dos familiares, mas também pelo fato de ser um presidente da República de um país que vem assumindo essas mortes desde 1995, pelo menos", afirmou Eugênia Gonzaga. "A Comissão da Verdade convocou, por exemplo, pessoas que soubessem informações sobre esses desaparecidos. Para nós é um crime em andamento, já que é um desaparecimento forçado", acrescentou. O atestado de óbito de Fernando Santa Cruz diz que ele "faleceu provavelmente no dia 23 de fevereiro de 1974, no Rio de Janeiro/RJ, em razão de morte não natural, violenta, causada pelo Estado brasileiro, no contexto da perseguição sistemática e generalizada à população identificada como opositora política ao regime ditatorial de 1964 a 1985". A certidão de óbito foi emitida pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos no último dia 24. A emissão do documento faz parte de uma recomendação da Comissão Nacional da Verdade de retificar certidões de óbitos que não detalhavam a violência estatal em um contexto de perseguição política, como é caso da morte de Fernando Santa Cruz. A certidão de óbito será entregue à família de Fernando Santa Cruz em uma sessão solene a ser realizada em Recife (PE), em 6 de agosto. Felipe Santa Cruz, que rebateu Bolsonaro, afirmou ao blog que nunca tinha visto o documento. g1.globo.com/politica

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