Ex-ministro Antônio Palocci presta depoimento à Polícia Federal em Curitiba

Antônio Palocci presta depoimento no âmbito da Operação Lava Jato

Ex-ministro Antônio Palocci presta depoimento à Polícia Federal em Curitiba Depoimento faz parte de investigações abertas a partir da delação que ex-ministro fechou com a PF do Paraná. Por Marcelo Rocha, RPC Curitiba [caption id="attachment_152083" align="alignleft" width="300"] Palocci foi preso na 35ª fase da Lava Jato. Hoje, cumpre prisão domiciliar — Foto: Giuliano Gomes/PR Press[/caption] O ex-ministro Antônio Palocci prestou depoimento à Polícia Federal (PF) do Paraná nesta sexta-feira (22), em Curitiba. A informação foi confirmada pela RPC. Quem o ouviu foi o delegado Filipe Pace. O depoimento faz parte de investigações que foram abertas a partir da delação que o ex-ministro fechou com a PF do Paraná no âmbito da Operação Lava Jato. O principal tema foi o termo de colaboração em que ele trata de Petrobras e criação da Sete Brasil. Atualmente, Palocci mora em São Paulo. Ele saiu, de carro, da capital paulista com destino a Curitiba na quinta-feira (22). O retorno está previsto para sábado (23). Condenado na Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro, Palocci deixou a Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, onde estava preso, em novembro de 2018, por decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Ele estava preso em regime fechado desde a deflagração da 35ª fase, em setembro de 2016. Agora, cumpre prisão domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica. Delação de Palocci O acordo de Palocci foi firmado com a PF no fim de abril de 2018 e homologado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). No termo de delação, o ex-ministro se comprometeu a pagar R$ 37,5 milhões como indenização pelos danos penais, cíveis, fiscais e administrativos dos atos que praticou. Em outubro de 2018, às vésperas da eleição, o ex-juiz Sergio Moro retirou o sigilo de parte do acordo de delação do ex-ministro. Com isso, foi tornado público o termo em que Palocci afirmou que Lula usou o pré-sal para conseguir dinheiro para campanhas do Partido dos Trabalhadores (PT) e que as duas campanhas de Dilma Rousseff para a Presidência custaram R$ 1,4 bilhão, mais do que foi declarado. Em janeiro deste ano, em outro termo anexado a um inquérito, o ex-ministro relatou entregas de dinheiro em espécie de propina paga pela Odebrecht ao ex-presidente. Em uma declaração complementar, ele também disse que Dilma 'deu corda' para Lava Jato implicar Lula. No fim de janeiro, em mais um termo da delação, Palocci disse que determinou que o Grupo Schahin usasse dinheiro de propina para patrocinar um filme sobre o então presidente, co-produzido por uma empresa da qual o jornalista Roberto D'Avila - da GloboNews - era sócio.

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