Com 42 votos, Davi Alcolumbre é eleito presidente do Senado
Com 42 votos, Davi Alcolumbre é eleito presidente do Senado Por Gil Maranhão [caption id="attachment_151668" align="alignleft" width="300"] Favorável ao voto aberto, o eleito exibiu a cédula de votação para as câmerasFoto: Agência Senado[/caption] O DEM comanda, neste biênio, as duas Casas do Congresso Nacional. O senador do DEM é um dos mais jovens a assumir a presidência do Senado Em uma eleição atípica, marcada por divergências e até suspeita de fraude, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) foi eleito neste sábado (2) presidente do Senado da República. Ele recebeu 42 votos e terá mandato de dois anos. Votaram 77 senadores e foram registradas quatro ausências. O principal opositor de Alcolumbre, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), retirou a candidatura na tarde deste sábado. Senador de primeiro mandato, Alcolumbre teve uma atuação discreta nos primeiros quatro anos de mandato no Senado. Na disputa pelo comando da Casa, revelou-se um hábil articulador, congregando os adversários de Renan Calheiros e os aliados do governo federal. O novo presidente contou com o apoio do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também filiado ao DEM. Aos 41 anos, o senador estreou na política no início deste século. Foi vereador em Macapá, três vezes deputado federal e chegou ao Senado em 2015. Nas eleições de outubro passado, concorreu ao governo do Amapá e ficou em terceiro lugar. É um dos mais jovens senadores a assumir a presidência da Casa. Dois dias A eleição do novo presidente do Senado foi decidida após dois dias de discussões tensas em plenário, conchavos em gabinetes, discordâncias sobre regras regimentais em relação à forma de votação, interferência do Poder Judiciário e até anulação de votação e de eleição. A primeira sessão preparatória começou na tarde de sexta-feira (1º). Foi presidida pelo senador Davi Alcolumbre, mas suspensa por volta das 23 horas. O imbróglio que levou à suspensão foi sobre o processo da votação – se voto aberto ou fechado. Em votação feita pela Casa, o plenário decidiu por 50 votos a 2 por voto aberto. No entanto, no início da madrugada deste sábado o ministro Dias Tofolli anulou a decisão do Senado e decidiu por votação secreta. A segunda sessão preparatória da eleição do Senado começou às 11h20 deste sábado e foi presidida desta vez pelo senador José Maranhão (MDB-PB), considerado o mais velho da Casa. Fraude Nove senadores apresentaram candidatura: Renan Calheiros (MDB-AL), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Esperidião Amim (Progressista-SC), Reguffe (Sem partido-DF), Álvaro Dias (Podemos-PR), Ângelo Coronel (PSD-BA), Fernando Collor (Pros-AL), Major Olímpio (PSL-SP) e Simone Tebet (MDB-MS). Antes da votação, Álvaro Dias e Major Olímpio retiraram as suas candidaturas e Simone Tebet declinou em favor de Alcolumbre. A primeira eleição teve que ser anulada, por ter sido detectado um voto a mais do número de senadores. Resultado da eleição: David Alcolumbre – 42 votos Esperidião Amin – 13 votos Angelo Coronel – 08 votos Reguffe – 06 votos Renan Calheiros – 05 votos Fernando Collor – 03 votos. Quatro senadores não votaram: Maria do Carmo (DEM-SE), Renan Calheiros (MDB-AL), Jader Barbalho (MDB-PA) e Eduardo Braga (MDB-AM). (com informações da Agência Brasil)
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