Reeleito presidente da Câmara, Maia defende 'modernização' da Casa e reformas pactuadas
Maia defende 'modernização' da Casa e reformas pactuadas
Reeleito presidente da Câmara, Maia defende 'modernização' da Casa e reformas pactuadas [caption id="attachment_151633" align="alignleft" width="300"] Deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), reeleito presidente da Câmara — Foto: J.Batista/Câmara dos Deputados[/caption] Filho do ex-prefeito do Rio Cesar Maia, deputado comanda a Câmara desde 2016 e assume terceiro mandato como presidente, até 2021. Rodrigo Maia recebeu 334 dos 512 votos. Por Guilherme Mazui, Fábio Amato, Fernanda Calgaro e Luiz Felipe Barbiéri, G1 — Brasília Rodrigo Maia (DEM) discursa após ser reeleito presidente da Câmara dos Deputados Reeleito nesta sexta-feira (1º) presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) defendeu em discurso a "modernização" da Casa e reformas "pactuadas". Filho do ex-prefeito do Rio de Janeiro Cesar Maia, Rodrigo Maia é presidente da Câmara desde julho de 2016 e foi reeleito para o terceiro mandato, até fevereiro de 2021. O deputado recebeu 334 dos 512 votos. No discurso, Maia ressaltou que a Câmara precisa de "modernização" na relação com a sociedade e com os instrumentos de trabalho. "Ela [a Câmara] precisa de modernização, modernização e modernização. Na nossa relação com a sociedade, nos nossos instrumentos de trabalho, principalmente as novas ferramentas de comunicação, para que cada um de nós possa estar mais próximo do eleitor, do cidadão", declarou. Sobre as reformas, afirmou: "Precisamos modernizar as leis, simplificá-las. E precisamos comandar as reformas de forma pactuada junto com todos os governadores, prefeitos e partidos políticos. Nada vai avançar se não trouxermos para o debate aqueles que estão sofrendo pela inviabilização do Estado." Entre as reformas defendidas pelo governo Jair Bolsonaro, e que precisam de aprovação do Poder Legislativo, está a da Previdência Social, considerada essencial pelo Palácio do Planalto para equilibrar as contas públicas. Articulação política No primeiro discurso após reeleito, Maia destacou ter contado com o apoio de uma ampla aliança partidária, que reuniu siglas como PSL, de Jair Bolsonaro, o PCdoB e o MDB. "Nós temos que ter todos aqui, de todas as correntes partidárias, do PT ao PP, ao PSL, para que essa pacto sirva não apenas para a União, mas para estados e municípios", afirmou. Em entrevista à GloboNews, logo após a vitória no plenário da Câmara, Rodrigo Maia disse que é preciso ter "diálogo" no parlamento. Ele citou como exemplo reuniões que teve com os governadores petistas Camilo Santana (Ceará) e Wellington Dias (Piauí) nas quais teve "aula" sobre gestão pública e segurança. Votação secreta Rodrigo Maia disse ainda que, na visão dele, votação secreta para presidente da Câmara e do Senado garante independência dos parlamentares em relação ao governo. Embora na Câmara não tenha havido polêmica sobre a votação secreta, no Senado houve bate-boca entre parlamentares. Reforma da Previdência Ao defender a "pactuação" para aprovar reformas, Rodrigo Maia mencionou a proposta sobre a Previdência Social, que será enviada pelo governo. Maia afirmou que há "espaço" para a Câmara intermediar o pacto em favor da reforma. "Tem espaço para que a Câmara possa intermediar uma grande pactuação, um texto junto com o governo, mas organizado pela Câmara, para que a gente possa unir todos aqueles que estão governando, de partidos ligados ao governo ou não, pra que a gente possa avançar de forma definitiva nesse tema", disse. O parlamentar mencionou os problemas financeiros vividos por estados como Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte para defender uma postura "mais racional" dos políticos na discussão da Previdência e demais reformas. "Acho que a Previdência, as questões de reformas administrativas, precisam sair da agenda ideológica e vir pra uma agenda mais racional para que a gente possa construir maiorias pactuadas e aprovar os temas e dar solução para que o investidor tenha mais tranquilidade para investir no Brasil", disse. Maia lembrou que, somente com os votos da base do governo, poderá ser difícil aprovar a reforma da Previdência, em especial porque o governo de Jair Bolsonaro mudou a forma como organiza a base de apoio. As mudanças nas aposentadorias e pensões serão analisadas em uma proposta de emenda à Constituição (PEC), que exige o voto de 308 dos 513 deputados em dois turnos. "O presidente começa o seu governo organizando a base de uma outra forma, eu não tenho clareza se ele tem o espaço necessário para ter os 308 votos", disse. O presidente da Câmara explicou que é preciso um período de "transição" para assimilar o novo funcionamento da base governista. Na sua opinião, esse período poderá "não gerar" 308 votos "no curto prazo". Relação com Bolsonaro Questionado sobre sobre como será a relação dele com o presidente Jair Bolsonaro, o deputado respondeu: "Será sempre de muito diálogo e de construção de pautas".
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