PSL de Bolsonaro quer disputar presidência do Senado e pode atrapalhar Tasso Jereissati
O senador cearense pode perder um possível apoio de Jair Bolsonaro
PSL - Partido de Bolsonaro quer disputar presidência do Senado e pode atrapalhar Tasso Jereissati [caption id="attachment_150680" align="alignleft" width="300"] Partido de Bolsonaro quer disputar presidência do Senado[/caption] O presidente do PSL, o deputado eleito Luciano Bivar, lançou o senador eleito Major Olímpio (SP) como candidato à presidência do Senado. Caso a candidatura se confirme, será um revés para o senador cearense Tasso Jereissati (PSDB). O tucano se articula para disputar a função e inclusive ensaia aproximação com o presidente da República. Tasso teve reuniões com representantes da equipe de Bolsonaro, incluindo o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), e o próprio Major Olímpio (PSL-SP). Além disso, houve "conversa informal" do cearense com o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) no plenário do Senado. O tucano teria se encontrado também com representantes da política econômica do governo, como o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida. Tasso declarou em entrevista à revista Crusoé, em dezembro, que "a visão econômica que está sendo pintada é muito parecida" com a do PSDB. Até aqui, Bolsonaro sustenta discurso de não intervir na disputa. Porém, o governo pretende evitar a vitória de Renan Calheiros (MDB-AL). O senador emedebista é considerado hostil ao novo governo, pela relação com o PT e posições vistas como contrárias à agenda econômica de Paulo Guedes. Olímpio, por sua vez, diz que ainda está avaliando se concorrerá. "Fui intimado pelo Bivar durante a posse. Ele realmente me veio com essa proposta e eu pedi para refletir. É o que mais eu tenho feito nas últimas 24 horas, estamos ponderando a situação". Segundo o presidente do PSL, Olímpio reúne todas as condições de presidir a Casa. "A princípio, ele relutou sobre o assunto, mas o fato é que existe um monte de senador que não tem candidato", comentou Bivar. "Olímpio é formado em sociologia, Direito e obteve nove milhões de votos na maior unidade federativa do Brasil. Então, tem todas as condições de presidir o Senado, com muita dignidade. Para Olímpio, que é atualmente deputado federal e assume como senador em 1º de fevereiro, há uma série de questões a serem ponderadas, como se a votação será aberta ou fechada e se haverá a possibilidade de segundo turno. "Eu, como brasileiro, gostaria muito que a transparência fosse absoluta e que a eleição fosse aberta. A sociedade tem o direito de saber como votam seus senadores", disse. Câmara Olímpio também comentou o apoio do PSL à candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para o comando da Câmara dos Deputados. "Temos de garantir espaço e governabilidade para o governo Bolsonaro. Correr o risco do partido ficar isolado, fora das mesas, não participando das comissões, sem a força de constituição de blocos sólidos, é ou seria bastante temerário", afirmou Major Olímpio. Para ele, a candidatura de Maia vai dar um suporte maior ao governo Bolsonaro. Segundo o senador eleito, Maia manifestou que defende a ampla maioria das pautas que devem ser encaminhadas por Bolsonaro. "Vejo isso de forma pragmática para ter força nas votações de Bolsonaro", disse. Disputa Seis nomes são cotados para a disputa: Renan Calheiros (MDB-AL), Simone Tebet (MDB-MS), Tasso Jereissati (PSDB), Davi Acolumbre (DEM-AP), Alvaro Dias (Podemos-PR) e Esperidião Amin (PP-SC). Caso seja confirmado o nome de Major Olímpio (PSL-SP) aumenta para sete pré-candidatos. Com Agência Estado
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