Bolsonaro diz que ele e filho pagarão 'a conta' se houver algo de 'errado'

Coaf identificou movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão na conta de ex-motorista de Flávio Bolsonaro.

Bolsonaro diz que ele e filho pagarão 'a conta' se houver algo de 'errado' com ex-assessor [caption id="attachment_149953" align="alignleft" width="300"] O presidente eleito Jair Bolsonaro, durante transmissão ao vivo na internet — Foto: Reprodução/Facebook[/caption] Presidente eleito deu declaração durante transmissão ao vivo no Facebook. Coaf identificou movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão na conta de ex-motorista de Flávio Bolsonaro. Por Filipe Matoso e Roniara Castilhos, G1 e TV Globo — Brasília Contas de 75 servidores da Alerj têm movimentação suspeita, afirma Coaf O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (12) que ele e o filho Flávio Bolsonaro pagarão "a conta" se houver algo de "errado" com Fabrício José Carlos de Queiroz, ex-assessor de Flávio. Bolsonaro deu a declaração durante transmissão ao vivo no Facebook e comentou o fato de o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) ter encontrado movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão na conta do ex-motorista de Flávio. "Se algo estiver errado, seja comigo, com meu filho ou com o Queiroz, que paguemos a conta deste erro, porque nós não podemos comungar com o erro de ninguém. Da minha parte, estou aberto a quem quiser fazer qualquer pergunta sobre este assunto, tenho sempre me colocado à disposição e o que a gente mais quer é que isso seja esclarecido o mais rápido possível, sejam apuradas as responsabilidades, se é minha, se é do meu filho, se é do Queiroz ou de ninguém", afirmou Bolsonaro. Nesta terça (11), o Jornal Nacional mostrou que, segundo o Coaf, nove funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro transferiam dinheiro para a conta de Fabrício Queiroz em datas que coincidem com as datas de pagamento da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro – Flávio Bolsonaro é deputado estadual e senador eleito. Para investigadores, essas transações bancárias podem indicar uma tentativa de ocultar o real destino do dinheiro. "O Queiroz não estava sendo investigado, foi um vazamento que houve ali, não sou contra vazamento, tem que vazar tudo mesmo, nem devia ter nada reservado, botar tudo para fora e chegar a uma conclusão. Dói no coração da gente? Dói, porque o que nós temos de mais firme é o combate à corrupção e aconteça o que acontecer, enquanto eu for o presidente, nós vamos combater a corrupção usando todas as armas do governo, inclusive o próprio Coaf", avaliou Bolsonaro nesta quarta-feira, durante a transmissão no Facebook. Segundo o presidente eleito, Fabrício Queiroz será ouvido pela Justiça na semana que vem. Bolsonaro disse esperar que o ex-motorista preste os devidos esclarecimentos à Justiça. Outros temas Saiba outros temas abordados pelo presidente eleito durante a transmissão no Facebook: Acordo do Clima de Paris: "Entre as exigências do Acordo de Paris, se exige que o Brasil faça um reflorestamento de uma área enorme, algumas vezes o tamanho do estado do Rio de Janeiro. Não temos como cumprir uma exigência como essa. Se assina porque é bonito, até porque a exigência é para cumprir em 2030, então, quem for o presidente em 2030 que se vire, mas as sanções vêm aí. [...] Em eu sendo o presidente, ouvindo o meu ministro do Itamaraty, nós vamos sugerir no Acordo de Paris mudanças. Se não mudar, sai fora". Pacto da migração: "Nós somos formados de imigrantes, minha família mesmo é de imigrantes da Itália. Todo mundo é imigrante aqui no Brasil, agora, tem um detalhe: nós já somos uma nação, uma pátria, somos um país. Não podemos escancarar as portas para que quem quiser vir para cá venha numa boa. Venha, inclusive, com uma cultura completamente diferente da nossa". Licenças ambientais: "Essa questão de licença ambiental atrapalha quando um prefeito, um governador, um presidente quer fazer obra de infraestrutura, uma estrada, por exemplo, são problemas infindáveis. [...] Vamos botar um ponto final nisso. Vamos cumprir a lei e repito: caso tenhamos que mudar a lei, vamos propor ao parlamento, de forma democrática, votar projetos, transformar em lei para que a política ambiental não atrapalhe o desenvolvimento no Brasil". Ministros anunciados: "Reduzimos [de 29 para 22] o número de ministérios [ele havia prometido reduzir a 15], estamos prontos para começar a trabalhar a partir de janeiro. Estão, agora, os nossos futuros ministros escolhendo o primeiro e o segundo escalão. Escolhemos os ministérios sem interferência política".

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