[caption id="attachment_137348" align="alignleft" width="300"] Eduardo Cunha chega à PF para prestar depoimento - imagem g1globo[/caption] Eduardo Cunha fica calado durante depoimento na Operação Cui Bono, em Curitiba. Ele foi à PF, na manhã desta sexta-feira (14), para falar sobre um esquema de fraudes na Caixa Econômica Federal. Por Alana Fonseca e Ana Zimmerman, G1 PR e RPC, Curitiba O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha ficou calado durante o depoimento à Operação Cui Bono, na Polícia Federal (PF), em Curitiba, na manhã desta sexta-feira (14). A informação foi confirmada pelo advogado dele, Délio Lins e Silva Júnior. A Operação Cui Bono investiga um esquema de fraudes na Caixa Econômica Federal. "Ele ficou calado porque o depoimento era referente aos mesmos fatos que estão em apuração na ação penal lá em Brasília. Aí, ele ficou calado porque vai prestar os esclarecimentos lá", afirmou o advogado. A defesa ainda negou a relação entre o silêncio de Cunha e uma possível delação premiada. "Não existe qualquer acordo de delação ou pretensão", reforçou. Para prestar depoimento, Cunha foi levado do Complexo Médico-Penal (CMP), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde está preso desde o ano passado, para a Superintendência da PF. Ele chegou por volta das 10h; o depoimento estava marcado para começar às 11h. Foi o delegado Maurício Moscardi, de Curitiba, quem conduziu a oitiva. Entretanto, as perguntas vieram da PF de Brasília. É no Distrito Federal que ocorrem as investigações que apuram o pagamento de propina em troca da liberação de empréstimos na Caixa Econômica. Além de Cunha, também são investigados o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o doleiro Lúcio Funaro. Ambos estão presos; o ministro cumpre prisão domiciliar e Funaro está na carceragem da PF em Brasília. O advogado de Cunha chegou à PF com a mulher do ex-deputado, Cláudia Cruz. Sexta-feira é dia de visitas no CMP. Como Cunha tinha o depoimento na PF, a visita foi transferida de local.