Famílias de baixa renda terão telefone fixo com mensalidade de R$ 13,31
Beneficiados devem ter renda de 1 salário mínino, segundo a Anatel.
As famílias com baixa renda vão ter direito a um serviço de telefonia fixa pagando R$ 13,31 por mês com as regras do “Telefone Social’, medida estabelecida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No Estado de São Paulo, 1,8 milhão famílias poderão ser beneficiadas.
A partir desta sexta-feira (8), as famílias que estejam cadastradas em programas sociais e tenham renda de um salário mínimo vão ter direito ao plano. O 'Telefone Social' será de uso residencial. Pode ser cobrada taxa de instalação, mas deve ser oferecida opção de parcelamento.
O plano dá direito a 90 minutos de ligações locais por mês. Se o uso for menor, os minutos não acumulam.
Quem se encaixar no programa e já tiver uma linha pode fazer a transferência do plano.
Para conseguir o benefício é preciso entrar em contato com a operadora e informar o número que aparece no cartão do programa social.
As operadoras vão ter 30 dias para instalar o telefone. Quem tiver dificuldade em conseguir o benefício deve entrar em contato com a Anatel pelo telefone 1331.
O superintendente de serviços públicos da Anatel, Roberto Martins, explicou que a tarifa reduzida só vale para ligação de fixo para fixo. Para celular, vai ser preciso comprar créditos nas bancas de jornal, supermercados. Nesse caso, vai funcionar como um pré-pago. “Esse foi o primeiro produto que foi desenhado especificamente para atender esse segmento. Tanto é que ele é um telefone com todas as funcionalidades características de um telefone convencional com 1/3 da assinatura”, disse.
O telefone fixo ainda está distante de muitas casas. Kayane de Oliveira, que está desempregada, só usa celular. A mãe dela ganha R$ 500 por mês e os créditos são colocados aos poucos. “Porque hoje em dia sai bem mais caro ter um telefone fixo. A gente tinha que pagar em média R$ 49,90 por mês e não dá. A gente prefere carregar R$ 20”, disse.
Kayane pretende acionar o novo serviço assim que possível. Ela acredita que o gasto com telefone vai pesar menos no bolso, sem falar na comodidade de ter uma linha fixa em casa. “Ia ser bem melhor, pagando pouco e recebendo ligação em casa, as pessoas entrando mais em contato com a gente”.
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