Aterro sanitário de Caucaia será inaugurado em outubro
De acordo com a Acfor, passam pelo aterro sanitário 300 veículos que despejam cerca de 5.100 toneladas de resíduos no local diariamente.
Fortaleza A inauguração da ampliação do Aterro Sanitário Metropolitano de Caucaia (Asmoc), que também recebe os resíduos de Fortaleza, deve acontecer no fim do próximo mês, de acordo com o engenheiro da Autarquia de Regulação, Fiscalização e controle dos Serviços Públicos de Saneamento Ambiental (Acfor), Helano Brilhante.
Tratamento
O novo espaço, também localizado na Fazenda Carrapicho, é composto por 105 hectares e contará com o tratamento físico-químico do lixo, que trata e reaproveita a água do chorume para destiná-la a atividades. Segundo Helano Brilhante, a previsão é que a área comece a ser aterrada somente em 2014, já que o Asmoc está com 70% de sua capacidade total ocupada. "Temos mais quatro anos de folga para operar", afirma.
O novo aterro sanitário terá vida útil até 2023. Ao todo, 300 veículos circulam no local e despejam cerca de 5.100 toneladas de resíduos por dia. Muito veículos chegam a fazer mais de uma viagem. Apenas 400 toneladas são provenientes da cidade de Caucaia, e o restante da Capital.
A necessidade da obra vem desde 2006, quando falava-se que o Asmoc já estava com 60% da sua capacidade ocupada e tinha prazo de vida útil com segurança previsto para 2010.
No fim do ano passado, em audiência público, gestores públicos apresentaram às comunidades do Carrapicho e Campo Grande, que vivem no entorno ao aterro, o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) e projeto de expansão do Asmoc, realizado pela consultoria Ecofam a pedido da Ecofor Ambiental, que tem a concessão do espaço.
Sujeira
Na estrada do Carrapicho, que dá acesso ao aterro sanitário de Caucaia, é possível perceber alguns caminhões e caçambas circulando em situação irregular, sem a lona de proteção para evitar que os resíduos se espalhem pelas vias. Por conta disso, o lixo vai se acumulando no entorno.
"A gente vive no meio da sujeira e do mau cheiro, deveriam ter mais respeito pelas comunidades que vivem aqui. Muitos veículos passam sem a lona e em alta velocidade. Moro aqui há dez anos e sempre foi assim", reclama o carpinteiro Marcos Antônio da Silva, de 28 anos.
Helano Brilhante afirma que ainda não tomou conhecimento sobre esse problema, e ressalta que todos os veículos devem trafegar pelas imediações do aterro cobertos. "Vou ligar para o aterro. Caso isso esteja acontecendo, vou orientar para que os caminhões e caçambas só entrem devidamente cobertos. É preciso ter um controle sobre isso", garantiu o engenheiro da Acfor.
Comentários