Manifestantes desocupam Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, no CE
Manifestantes deixaram a Câmara na madrugada
[caption id="attachment_132144" align="alignleft" width="300"] Maniefstantes deixa a Câmara de Juazeiro do Norte após mais de uma semana de ocupação (Foto: TV Verdes [/caption] Manifestação era contra reajuste de salários da Prefeitura e Câmara. Salário do prefeito passa a R$ 33 mil em 1ª de janeiro de 2017. Do G1 CE Manifestantes que ocupavam há pouco mais de numa semana o prédio da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, no sul do Ceará, deixaram o local na madrugada desta sexta-feira (4). Na terça-feira (1º), a Justiça havia determinado a desocupação do local, mas estudantes e sindicalistas que participavam do movimento insistiam em permanecer no prédio. No início da manhã a polícia foi acionada para o local, mas ao chegar, todos já haviam saído. No plenário da Casa, foram colocados vários pacotes de papel higiênico. Na mesa diretora, no centro do plenário, foram deixados placas simbolizando que o local pertence ao povo. Os manifestantes decidiram ocupar a sede da Câmara na manhã de quinta-feira (27 de outubro), quando foi aprovado o reajuste de salários dos vereadores, do prefeito, do vice e dos secretários municipais. O aumento nos salários ocorre no momento em que os governos adotam políticas de cortes de gastos por conta da crise por que passa o país. Com o reajuste, o salário do prefeito de Juazeiro do Norte passsa a R$ 33 mil a partir de 1º de janeiro de 2017. O valor é superior ao salário do presidente da República e duas vezes mais que o do governador do Ceará. PEC 241 Os manifestantes também protestavam contra a aprovação da PEC 421, que determina um teto de gastos na administração pública. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) prevê um limite anual de despesas para os três poderes ao longo das próximas duas décadas. Se a regra for aprovada, os gastos públicos só poderão aumentar de acordo com a inflação do ano anterior. A PEC estabelece que as despesas da União (Executivo, Legislativo e Judiciário) só poderão crescer conforme a inflação do ano anterior. A regra valerá pelos próximos 20 anos, mas, a partir do décimo ano, o presidente da República poderá propor uma nova base de cálculo ao Congresso. Em caso de descumprimento do teto, a PEC estabelece uma série de vedações, como a proibição de realizar concursos públicos ou conceder aumento para qualquer agente público.
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