Justiça determina ilegalidade da greve dos policiais civis do CE
Policiais devem cumprir o Plano de Segurança, diz a Justiça
Juiz argumenta que policiais devem cumprir plano de segurança da eleição. Sindicato dos policiais civis afirma que não foi notificado e defende greve. Do G1 CE [caption id="attachment_131291" align="alignleft" width="300"] Policiais civis paralisados realizam assembleia geral na Praça dos Voluntários, no Centro de Fortaleza (Foto: Divulgação/Sinpol) [/caption] A Justiça determinou nesta terça-feira (27) a ilegalidade da greve dos policiais civis do estado. Segundo a sentença judicial, os 100% dos policiais devem retornar às atividades 24 horas após a notificação da decisão. Em caso de descumprimento, a decisão determina multa diária de R$ 3 mil para o sindicato e R$ 800 para cada policial. A Justiça argumenta que os policiais civis devem cumprir o Plano de Segurança elaborado pela Secretaria de Segurança Público e Defesa Social para as eleições, que ocorrem no domingo (2 de outubro). Para o desembargador Luiz Evaldo Gonçalves Leite, autor da decisão, a ausência dos policiais nas eleições pode gerar “caos na sociedade”, com “consequências catastróficas”. O Sindicato da Polícia Civil do Ceará (Sinpol) afirmou em nota que ainda não foi notificado sobre a decisão e que os servidores farão nesta quarta-feira (28) um ato no Bairro Aldeota para defender a legalidade da greve. Greve Policiais Civis iniciaram a greve na tarde de sábado (24). Entre as exigências feitas ao Governo do Estado, a categoria reivindica melhoria salarial, alegando que o Ceará possui o pior salário do Nordeste; aumento do efetivo e proibição dos desvios de funções. O sindicato afirma que é preciso evitar que os policiais civis deixem de investigar os crimes para fazer a custódia de presos recolhidos em delegacias. "O reconhecimento do nível superior para Polícia Civil não é condizente com o salário. Com todo respeito, mas somos equiparados ao salário do soldado da PM", afirma o presidente do Sinpol, Francisco Lucas. Na última sexta-feira o governo do Estado realizou audiência com representantes da categoria, onde foram apresentadas propostas com intuito de evitar a paralisação. No entanto, o sindicato diz que, por falta de prazos, o plano não foi aceito.
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