Odebrecht comprou sede para o Instituto Lula, diz Polícia Federal
Prédio que seria utilizado como sede do Instituto Lula
[caption id="attachment_129385" align="alignleft" width="300"] Segundo a PF, o terreno foi objeto de negociação para atender os interesses do então presidente Lula (Agência Brasil)[/caption] O projeto seria de reforma total de um prédio de três andares, incluindo auditório, sala para exposição e até apartamento com cinco suítes na cobertura Uma força-tarefa da Operação Lava-Jato, realizada pela Polícia Federal (PF), revelou que a construtora Odebrecht está diretamente ligada à compra de um prédio de três andares na Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo, que seria utilizado como sede do Instituto Lula. A aquisição foi realizada em junho de 2010, em nome da DAG Construtora, de Salvador, que pertence a Demerval Gusmão, amigo e parceiro de negócios de Marcelo Odebrecht, dono da empreiteira. Segundo as investigações, a família de Lula sabia dos planos de usar o prédio para o instituto. O projeto, destaca a PF, seria de reforma total do imóvel, incluindo auditório, sala para exposição e até apartamento com cinco suítes na cobertura. O documento foi localizado em uma pasta endereçada a Marisa Letícia, esposa do ex-presidente Lula, e apreendida pela Polícia Federal, no início deste ano, no sítio de Atibaia (SP). Embora o prédio tenha sido efetivamente comprado pela DAG, o Instituto Lula não ganhou a sede e acabou sendo instalado no prédio do antigo Instituto Cidadania, no Ipiranga, onde permanece até hoje. Os responsáveis pela compra teriam desistido do projeto original de uso depois de descobrir que o imóvel estava envolvido em pendências judiciais dos antigos proprietários. Conforme os documentos apreendidos, o preço de venda do prédio seria de R$ 10 milhões e as dívidas pendentes de R$ 2,3 milhões. "O terreno foi objeto de negociação para atender os interesses do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, destaca a PF.
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