Deputados cearenses avaliam início do governo Temer
Deputados divergem sobre as primeiras medidas de Temer
[caption id="attachment_127781" align="alignleft" width="300"] José Guimarães (PT) e Vitor Valim (PMDB) (Foto: Reprodução ) [/caption] José Guimarães (PT) e Vitor Valim (PMDB) divergem sobre primeiras medidas de Michel Temer Guimarães (PT) e Valim (PMDB) concordaram que não é possível fazer uma análise mais profunda do novo governo, mas cada um avaliou estes primeiros dias em conformidade com o posicionamento de suas siglas Oito dias após assumir a presidência interina do País, as medidas tomadas por Michel Temer estão longe de ser unanimidade num já dividido cenário político, realidade que se manifesta entre os políticos cearenses. Na tarde desta quinta-feira (20), dois deputados do Estado deram suas considerações sobre o novo governo ao desembarcarem em Fortaleza. O ex-líder do governo afastado na Câmara, José Guimarães (PT), e o deputado Vitor Valim (PMDB) concordaram que ainda não é possível fazer uma análise mais profunda. Conduto, cada um avaliou estes primeiros dias em conformidade com o posicionamento de suas siglas. Para Guimarães, o novo governo “não disse a que veio ainda”. Contudo, a gestão pode ser criticada porque “não tem tido condições de implantar qualquer política que não seja de cortar benefícios e direitos”, disse. Segundo ele, há “um verdadeiro festival de desconstituição das conquistas sociais dos últimos anos”, acusou. De acordo com o deputado, isso aconteceu “quando decidiram querer cortar os benefícios doBolsa Família” e ao extinguir o Ministério da Cultura e o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. “Portanto, é um processo de desconstituição de direitos e, principalmente, das conquistas sociais dos últimos anos”, concluiu. O petista acredita que a gestão de Temer “não é um governo que dê para acreditar que vai fazer algo em benefício da população”. Guimarães disse ainda que os aliados da presidente afastada Dilma Rousseff estão “trabalhando muito para buscar resolver estes problemas. Eu estou confiante de que nós vamos virar o jogo no Senado. Tanto pelo que está acontecendo nos debates quanto, principalmente, pelo que está acontecendo nas ruas”, afirmou. “A sociedade brasileira como um todo vendo que esse golpe não tem futuro”, completou. Já Vitor Valim, apesar de considerar que ainda não é possível fazer uma avaliação do governo interino, destacou a escolha do primeiro escalão e a redução de ministérios como bons presságios. “Ele colocou uma série de ministros que eu espero que possam dar uma resposta nas mais diversas áreas”, disse. O peemedebista usou a medida para criticar a gestão anterior. “O que a gente pode avaliar é que ele [Temer] fez uma redução de ministérios para enxugar a máquina pública, porque não dá para trabalhar com a máquina inchada de aparelhamento como houve com o governo do PT”, destacou. “Agora, vamos esperar o governo dar uma resposta à sociedade”, acrescentou. Ministério da Cultura Valim também avaliou as críticas ao fim do Ministério da Cultura que, segundo ele, não passam de “bravata política”. Segundo ele, a Secretaria da Cultura, que será ligada ao Ministério da Educação “vai ter status de ministério. Inclusive, vai ter mais recursos do que tinha no passado”, afirmou. “Agora, para quem tem afinidade política com o governo do PT, a tendência é arranjar qualquer desculpa para fazer bravatas políticas. Eu respeito. Faz parte da democracia”, destacou. Apesar das declarações do deputado, o que foi divulgado anteriormente é que a Secretaria da Cultura não teria status de ministério e o aumento do orçamento da pasta foi prometido pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, para 2017. O deputado do PMDB cearense também criticou o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha que, segundo ele, “vai ter que pagar por todos os crimes que ele cometeu”. “Eu, como peemedebista, não tenho a mesma atitude dos petistas, que querem atacar a imprensa como imprensa golpista, como Ministério Público golpista, Judiciário”, disse. “Quem estiver errado, vai pagar pelo time que cometeu. Seja do PT ou do PMDB. A coerência vale para todos”, finalizou. Com informações do jornalista José Maria Melo.
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