Mantega é levado para depor em nova fase da Zelotes
Investigadores pediram medidas contra Mantega, Justiça Federal não autorizou
[caption id="attachment_127392" align="alignleft" width="300"] O ex-ministro Guido Mantega foi conduzido coercitivamente[/caption] São cumpridos 31 mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva. O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi conduzido coercitivamente - quando o investigado é levado para depor e liberado - na nova fase da Operação Zelotes deflagrada na manhã desta segunda-feira (9). O alvo da operação é a empresa Cimento Penha, firma do empresário Victor Garcia Sandri, amigo de Mantega. A Zelotes investiga esquema de compra de votos no Carf, o conselho vinculado ao Ministério da Fazenda que julga recursos de multas de grandes contribuintes. Nesta fase, são cumpridos 31 mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva. Os investigadores pediram medidas contra Mantega, mas inicialmente a Justiça Federal não autorizou. A empresa teria comprado o então conselheiro do Carf Valmar Fonseca de Menezes para anular seu débito. O MPF sustenta que o ex-ministro Guido Mantega nomeou, em junho de 2011, Valmar e também o então conselheiro José Ricardo da Silva - já condenado na Zelotes - para a câmara que analisou o caso do seu amigo. Com isso, a Cimento Penha conseguiu abater débito de R$ 106 milhões em julgamento no Carf. Mantega já teve seus sigilos bancário e fiscal quebrados. Também foram ordenadas as mesmas medidas em relação à Coroado Administração de Bens, empresa do ex-ministro petista. A Coluna do Estadão apurou que o MPF solicitou o cumprimento de ao menos 15 mandados de busca e apreensão e 15 conduções coercitivas. Em e-mails interceptados pela Zelotes, o empresário Victor Sandri menciona o nome de Mantega em conversas com o então conselheiro Valmar. As investigações teriam encontrado pagamento de R$ 15 milhões para empresa de auditoria e consultoria vinculada a Valmar. por Estadão Conteudo
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