Suplente de Delcídio Amaral é milionário sul-mato-grossense e amigo de ex-presidente Lula
Suplente de Delcídio declarou ao TSE bens no valor R$ 69 milhões, em 2010
[caption id="attachment_127448" align="alignright" width="300"] Delcídio do Amaral, Pedro Chaves e o ex-presidente Lula, em foto publicada no perfil do suplente no Facebook Foto: Facebook / Reprodução [/caption] Gustavo de Almeida Com a cassação do senador Delcídio Amaral o seu suplente já pode assumir naquela que é a sessão mais importante do Senado nos últimos 25 anos. Pedro Chaves dos Santos Filho, de 75 anos, é um empresário muito bem-sucedido do Mato Grosso do Sul, criador da Universidade para o Desenvolvimento do Pantanal (Uniderp), uma das maiores instituições privadas de ensino do Brasil. Chaves vendeu a Uniderp e outras quatro universidades por R$ 246 milhões para o grupo Anhanguera. Quando o grupo estrangeiro Fidelity Worldwide Investment comprou mais de 70% das ações da Anhanguera, Chaves também lucrou. Em Campo Grande (MS), Chaves é uma figura influente da alta sociedade, dono, além das já citadas instituições de ensino, de fazendas e lojas. Tem amizade com o ex-presidente Lula e uma ligação familiar com o pecuarista José Carlos Bumlai, preso na Operação Lava-Jato: sua filha, Neca, é casada com o filho de Bumlai, Fernando. Por conta da amizade com Bumlai e Lula, Chaves foi coordenador da campanha de Delcidio ao governo do estado de Mato Grosso do Sul em 2014. De acordo com as investigações da Lava-Jato, Bumlai era uma das poucas pessoas que tinha livre acesso ao Palácio do Planalto quando Lula era o presidente da República. Quando foi convidado para ser suplente do Senado em 2010, pelo Partido Social Cristão - o mesmo dos deputados Marco Feliciano e Jair Bolsonaro - ele não escondia a amizade com Delcídio. Em 2014, ele foi um dos coordenadores da campanha do senador ao governo do Estado de Mato Grosso do Sul - campanha perdida. Em 2010, quando foi candidato ao Senado, Pedro Chaves apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma declaração de bens no valor de R$ 69 milhões - entre os bens, três apartamentos na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O EXTRA fez contato para saber se Chaves votará contra ou a favor da admissibilidade do processo de impeachment, mas sua assessoria em Campo Grande disse que o empresário e professor iria aguardar a confirmação - ou não - da cassação de Delcídio para se pronunciar.
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