STF investiga um terço dos 21 parlamentares
Mais de um terço responde a inquéritos no STF
Quatro deles integram a lista dos políticos investigados pela Lava-Jato; comissão deve ser votada hoje [caption id="attachment_127166" align="alignright" width="300"] Um dos cinco processos dos quais Lindbergh Farias é alvo no STF diz respeito a suposto pagamento de propina desviada da Petrobras ( Foto: Agência Brasil )[/caption] Brasília Dos 21 parlamentares indicados para a comissão do impeachment no Senado, mais de um terço responde a inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF). Dos oito senadores com processos, quatro integram a lista dos políticos investigados pela Operação Lava-Jato. Antes de levar o caso ao plenário da Casa, o grupo será responsável por analisar a denúncia contra a presidente Dilma Rousseff já acolhida na Câmara. A comissão será colocada a voto no plenário do Senado hoje à tarde. Indicados para a presidência e relatoria da comissão, os senadores Raimundo Lira (PMDB-PB) e Antonio Anastasia (PSDB-MG) ficaram de fora da lista. Gleisi Hoffmann (PT- PR), Lindbergh Farias (PT-RJ), Fernando Bezerra (PSB-PE) e Gladson Cameli (PP-AC) são os senadores investigados por suposto envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras. Gleisi é alvo de dois procedimentos. Ela também foi citada na delação do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS). Em março, a Polícia Federal indiciou a senadora por suposto recebimento de R$ 1 milhão. Lindbergh teria recebido propina desviada da estatal de R$ 2 milhões para financiar campanha ao governo do Rio em 2014. Ele é alvo de cinco procedimentos. O senador Fernando Bezerra, que responde a quatro inquéritos, foi citado na delação do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa por ter recebido R$ 20 milhões na época em que era secretário do então governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Cameli é um dos parlamentares do PP relacionados à corrupção da Petrobras e responde a um processo por dirigir bêbado. Aloysio Nunes (PSDB-SP) é alvo de um inquérito que está oculto no sistema do STF, em razão de desdobramentos da Lava-Jato. Os outros senadores da comissão que enfrentam investigações no Supremo são Simone Tebet (PMDB-MS), Wellington Fagundes (PR-MT) e Vanessa Grazziotin (PC do B -AM). A assessoria de Gleisi diz que não há provas contra a senadora. Lindbergh afirma "que todas as doações de campanha foram registradas na forma da lei" e que os demais casos foram arquivados. Bezerra diz "que ao final dos inquéritos tudo ficará esclarecido". A assessoria de Aloysio diz que o senador tem "total interesse no imediato esclarecimento dos fatos". Simone afirma que não é ré em nenhuma ação. Vanessa Grazziotin diz que o inquérito contra ela decorre de processos movidos por adversários políticos. A reportagem não recebeu resposta de Gladson Camelli e não conseguiu contato com Wellington Fagundes. Dilma e Cardozo Ontem, a presidente Dilma Rousseff se reuniu com o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. Os dois passaram em frente ao Palácio do Jaburu, onde o vice-presidente Michel Temer recebeu o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e seguiram em direção ao Palácio da Alvorada, uma das residências oficiais da Presidência da República. Cardozo é o responsável pela defesa da presidente Dilma no processo de impeachment. O senador Raimundo Lira (PMDB-PB), indicado para presidir a comissão especial do impeachment no Senado, anunciou que vai dar espaço pra Cardozo fazer, na primeira fase, a defesa da presidente. Mas antes, Lira quer ouvir os autores da denúncia.
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