Ex-assessor de ministério está entre 9 presos por desvio de verba em MS

Edson Giroto também foi deputado federal e ex-secretário de Obras de MS. Empresário e sete também são investigados na operação Lama Asfáltica.

Do G1 MS com informações da TV Morena / imagem/TV Ex-deputado federal, ex-secretário de Obras de Mato Grosso do Sul e ex-assessor especial do Ministério dos Transportes, Edson Giroto, está entre os nove presos em desdobramento da operação Lama Asfáltica, que apura desvio de recursos públicos. O mandado de prisão temporária de Giroto, do empresário João Amorim e de outras sete pessoas foram cumpridos nesta terça-feira (10). O pedido de prisão temporária – por cinco dias – foi decretada pelo juiz Carlos Alberto Garcete decretou, na noite de segunda-feira (9). De acordo com o juiz, a prisão temporária dos representados é fundamental para a conclusão das investigações. Além de Giroto e João Amorim, a decisão também inclui os investigados: Átila Garcia Gomes Tiago de Souza, Elza Cristina Araújo dos Santos, Maria Wilma Casanova Rosa, Maxwell Thomé Gomez, Rômulo Tadeu Menossi, Wilson Cabral Tavares e Wilson Roberto Mariano de Oliveira. O Ministério Público Estadual (MP-MS) pediu as prisões por causa do contrato com a empresa Proteco para recuperar a MS-228, a Estrada Park do Pantanal, numa extensão de 42 quilômetros. Deveria fazer o revestimento e implantação de dispositivos de drenagens. Na decisão, o magistrado entendeu que a documentação apresentada é farta sobre a possível consolidação de uma organização criminosa com objetivo de conseguir vantagens ilícitas em contratos administrativos de obras e serviços com o governo do estado “consistente em falsificações de medições e outras ações escusas que objetiva receber por serviços não realizados ou realizados de forma insuficiente”. A investigação do MP sobre desvio de verbas públicas aponta um prejuízo inicial de R$ 2.962.136 aos cofres públicos, pelo pagamento de obras não executadas em estradas estaduais. As investigações contam com o apoio da Controladoria-Geral da União e da Polícia Federal, entre outras Instituições. As prisões foram executadas pela Polícia Civil. Os investigados foram encaminhados para delegacias diferentes para evitarem contato. Giroto foi encaminhado para o Grupo Armado de Resgate e Repressão a Assaltos e Sequestros (Garras), em Campo Grande. O Garras também foi responsável pela prisão de um engenheiro em Rio Negro que foi levado para a sede do Centro de Polícia Especializada (Cepol). Lama Asfáltica São ao todo dois inquéritos que apuram os possíveis crimes. No dia 9 de julho deste ano, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão e quatro ordens de afastamentos de servidores estaduais. A ação ocorreu em um órgão estadual, além de residências e empresas que possuíam contratos com o Poder Público. O prejuízo investigado é de R$ 11 milhões na construção de obras com recursos federais. Além da PF, existe a parceria da Controladoria-Geral da União (CGU), do Ministério Público Federal (MPF) e da Receita Federal de Mato Grosso do Sul. Todas as empresas investigadas atuam na pavimentação de rodovias, construção de vias, coleta de lixo e limpeza pública, entre outros.