Investigado na Lava Jato, Renan recebe "visita institucional" de Janot

Presidente do Senado afirmou que agilizará votação para aprovar manutenção de Janot na Procuradoria-Geral; Renan faz parte da lista do procurador de investigados no "petrolão"

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil O procurador-geral da República e o presidente do Senado, em encontro nesta segunda-feira Por Agência Brasil  Um dos parlamentares que está sendo investigado por Rodrigo Janot na Operação Lava Jato, o senador Renan Calheiros recebeu a visita do procurador-geral da República com a promessa de agilizar a votação para mantê-lo no cargo, nesta segunda-feira (17). Janot teve seu nome aprovado pela presidente Dilma Rousseff para permanecer no cargo na semana passada, após a Lista Tríplice apontar seu nome como o preferido para um novo mandato, dias antes. Agora, ele aguarda o Senado decidir a data para a sua sabatina na Comissão de Constituição e Justiça da Casa para, em seguida, os senadores votarem a indicação. Segundo Renan, o relatório do senador Ricardo Ferraço sobre a recondução do procurador-geral será lido nesta semana na comissão e a sabatina deverá ser marcada já para a semana que vem. “Reafirmei meu compromisso de agilizar para que a votação possa ocorrer em plenário no mesmo dia da CCJ”, disse ele. O presidente do Senado classificou o encontro, de 15 minutos, como “uma visita institucional”, e ressaltou a sua importância para mostrar que "as instituições estão conversando". Ele ainda ainda anunciou que entrará em contato com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a fim de definir data e horário da próxima sessão conjunta do Congresso Nacional para a apreciação de vetos presidenciais. Embora os funcionários do Poder Judiciário tenham comparecido ao Congresso, nesta segunda-feira, e protestado com gritos de ordem e cartazes pedindo que o veto ao reajuste deles seja colocado em votação e derrubado, Renan afirmou que isso não deverá ocorrer na próxima sessão.“Os vetos entram obrigatoriamente na pauta conforme completam 30 dias”, justificou ele, afirmando que o prazo ainda não terminou. O próximo projeto que terá votação dos senadores será o que trata da desoneração da folha de pagamento das empresas. De acordo com Renan, mesmo sem acordo sobre o mérito do PL, ele precisa ser apreciado porque está trancando a pauta da Casa e impedindo que os senadores comecem a apreciar as matérias referentes à Agenda Brasil. Em julho, Renan bateu forte em Janot ao criticar a Operação Politeia, que atingiu nomes poderosos como o senador Fernando Collor de Melo (PTB-AL). Na ocasião, o procurador-geral da República rebateu o parlamentar e ressaltou que as investigações do Ministério Público Federal vão atrás de “fatos, jamais de instituições”.