Crato-CE “A Hora da Verdade” desvio superior a R$ 5 milhões, diz MPE

MPE pede prisões e afastamento de envolvidos em licitações no Crato

Imagem:ilustração:google Crato-CE O Ministério Público do Estado do Ceará, fixado em relatórios elaborados com o processo de investigação mediante denuncia de desvio de verba em licitações no Paço Municipal do Crato, na manhã desta terça-feira, 4/8, desencadeou a “Operação A Hora da Verdade” que aponta desvio de verbas superior a R$ 5 milhões. No período da tarde, ao final da operação os promotores do Ministério Público do Estado do Ceará, falaram a imprensa sobre o envolvimento de três empresas no esquema de desvio de verbas, cujo valor ultrapassa a R$ 5 milhões dos cofres da municipalidade cratense, em um esquema que tinha uma comissão formada puramente fachada lesar o erário público municipal. Conforme os senhores promotores da “Operação A Hora da Verdade”, documentos encontrados provam que a comissão tinha apenas o papel de fraudar as licitações, aprofundando o andamento das oitivas preliminares, se contata que alguns membros da comissão não tinha participação nas reuniões, que, foram encontrados recibos em branco e com data retroativa, fatos esses ainda levantados na fase inicial da operação. Diante as provas das irregularidades no esquema de fraudes em licitações no Paço Municipal do Crato, os promotores apontam os envolvidos e pede a prisão para os empresários: Francisco Rivaildo e Laecio Teles Braga, bem como foi pedido o afastamento do Secretário Municipal de Finanças do município, Édio Oliveira Nunes. Ainda de acordo com o MPE outras duas pessoas foram apontadas como operadores do esquema fraudulento em licitações no Crato, as quais são: George Erico e a ex-presidente da Comissão de Licitação, Angélica Bezerra Lessa. Conforme a narrativa da promotoria, a COMEG era uma das empresas envolvidas no esquema, mas outras duas empresas do ramo gráfico também são apontadas como envolvidas, Lobo ME e Manoel Magalhães ME as quais estariam sendo beneficiadas com direcionamento e dispensa de licitações pelo município depois de fornecer material gráfico para a campanha do prefeito do Crato. No teor das informações na coletiva de imprensa no Crato, a promotoria cita que a COMEG teria financiado a campanha do prefeito, Ronaldo Gomes Matos, e que vendia medicamentos com preços muito acima do valor de marcado, em determinados casos os valores eram 400% acima do verificado na concorrência. Ainda segundo a promotoria, Francisco Rivaildo Braga, Laecio Teles Braga, José Alves Lobo, Manoel Magalhães, George Erico, Valter Pereira dos Santos e Angélica Bezerra Lessa, foi ajuizada uma ação contra os citados acima, e devem responder por peculato, associação criminosa e dispensa indevida de licitações, e também tiveram decretada a quebra de sigilo bancário. De acordo com a promotoria na coletiva, não existe elementos que liguem o prefeito do Crato ao caso ocorrido no âmbito criminal, no bojo dessa ação no que transcorre até o presente momento, porém, uma ação cível está sendo instaurada e já está sendo averiguada a responsabilidade do prefeito nesse caso, e que no andamento dos trabalhos os senhores promotores aguardam documentos já solicitados ao município que estão relacionados a problemas com a merenda escolar, objeto de investigações que hão de vir. Silva Neto