Rodada de negociação entre governo e grevistas termina sem acordo
Representantes do Ministério do Planejamento e de sindicatos de oito categorias de servidores federais concluíram na noite deste sábado (25) mais uma rodada de negociações para por fim às paralisações no setor público.
De acordo com o ministério, nenhum acordo foi fechado. Neste domingo, as 13h, foram retomadas as negociações. Sindicatos em greve têm até a próxima terça-feira (28) para dizer se aceitam ou não a proposta de reajuste salarial oferecida pelo governo, de 15,8% em três parcelas até 2015.
O governo afirma que não é possível avançar na proposta de reajuste e que não há mais tempo hábil para a análise de contra-propostas. É preciso incluir o aumento dos gastos com pessoal para o próximo ano no Projeto de Lei do Orçamento 2013, que tem que ser enviado ao Congresso até a próxima sexta (31). Por isso, o governo estabelece a terça como prazo máximo para chegar a um entendimento. O período entre terça e sexta seria usado para técnicos redigirem os acordos e os projetos da lei orçamentária.
Segundo o ministério, as negociações após essa data podem continuar, mas só serão incluídas no Orçamento de 2014.
A maior parte dos sindicatos que representam os servidores públicos federais receberam proposta de reajuste de 15,8% a ser pago em três parcelas até 2015, com exceção dos docentes e dos técnicos-administrativos das universidades federais.
De acordo com o Planejamento, parte dos sindicatos se comprometeu neste sábado a dar resposta ao governo entre segunda e terça-feira. Entretanto, representantes do chamado grupo fisco (fiscais da Receita Federal, do Ministério do Trabalho), do grupo gestão (funcionários do Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários), da Polícia Federal e dos advogados da União, descartaram a oferta do governo e devem passar a negociar com vistas a 2014. Essas categorias defendem reajuste de 25%.
Desde março, quando começou a campanha dos servidores por reajuste salarial, o governo diz ter participado de mais de 180 reuniões com mais de 30 sindicatos.
Servidores que tiveram dias não trabalhados descontados da folha de pagamento do mês de agosto, que será paga em 1º de setembro, poderão negociar com o governo sob a condição de encerrarem a paralisação.
fonte - G1
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