PF deflagra a 12ª fase da Lava Jato e cumpre quatro mandados judiciais
Mandados foram cumpridos em São Paulo nesta quarta-feira (15).
Operação Lava Jato investiga esquema bilionário de lavagem de dinheiro. Adriana JustiDo G1 PR A Polícia Federal (PF) realiza a 12ª fase da Operação Lava Jato na manhã desta quarta-feira (15). Serão cumpridos quatro mandados judiciais, todos em São Paulo: um mandado de prisão temporária, um de preventiva, um de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para prestar depoimento, e outro de busca e apreensão. Ao G1, a PF confirmou que um dos presos é o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores João Vaccari Neto. Ele foi preso na casa da família e será trazido para a carceragem da PF em Curitiba ainda nesta quarta-feira. O mandado expedido contra ele é o de prisão preventiva, segundo a PF. Ao contrário da prisão temporária, que tem prazo de cinco dias, a prisão preventiva não tem data para terminar, dependendo de decisão judicial. A Operação Lava Jato foi deflagrada pela PF em março e 2014 e investiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A última fase da operação foi deflagrada na última sexta-feira (10) e prendeu sete pessoas. Entre elas três ex-deputados federais: André Vargas, Luiz Argôlo (SDD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE). Na terça-feira (14), A Justiça Federal determinou que parte dos presos da 11ª fase fosse solta. Os suspeitos foram detidos em regime temporário. São eles: Ivan Vernon Gomes Torres Júnior, ex-funcionário do ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), Elia Santos da Hora, secretária do ex-deputado federal Luiz Argôlo, e Leon Vargas, irmão do ex-deputado federal André Vargas. Outro preso que estava em regime temporário, o publicitário Ricardo Hoffmann teve a prisão convertida em preventiva, a pedido do Ministério Público Federal (MPF). Denúncias Vaccari já é réu em processo na Justiça Federal do Paraná que investiga as denúncias da Lava Jato. Ele é suspeito de ter recebido propina em esquema de corrupção que atuou dentro da Petrobras. O ex-gerente da estatal Pedro Barusco, que também é investigado pela Justiça, afirmou em delação premiada que Vaccari recebeu cerca de R$ 200 milhões em nome do PT no esquema investigado pela Lava Jato. Na semana passada, ele deu depoimento à CPI da Câmara que apura irregularidades na estatal. Em uma sessão longa, negou que tivesse participação no esquema da Petrobras. O depoimento de Vaccari na CPI também ficou marcado por um protesto em que um funcionário da Câmara soltou roedores na sala, causando tumulto.
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