Incra anuncia R$ 25 milhões para mulheres em assentamentos
Objetivo é beneficiar 8 mil mulheres; 70 foram recebidas no Planalto.
Priscilla MendesDo G1, em Brasília
O presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Carlos Guedes, afirmou nesta sexta-feira (3) que o governo federal vai disponibilizar financiamento no valor de R$ 25 milhões para projetos que irão beneficiar trabalhadoras rurais assentadas da reforma agrária. Segundo Guedes todos visam aumentar a renda dessas mulheres no campo por meio da produção agrícola e pecuária, mas também por meio de atividades extras, como artesanato.
Cerca de 70 agricultoras foram recebidas nesta sexta pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, para retomar negociações iniciadas durante a Marcha das Margaridas, realizada um ano atrás. Também participaram da reunião os ministros Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário) e Tereza Campello (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), além de Guedes e da secretária-executiva da Secretaria de Políticas para Mulheres, Lourdes Bandeira.
Guedes informou que a verba poderá beneficiar até 8 mil mulheres assentadas. "Nós anunciamos a liberação para o pagamento de R$ 25 milhões, de projetos que já estão nas superintendências regionais do Incra que vão beneficiar mais de 8 mil mulheres assentadas com ações de fomento à produção nos assentamentos voltadas às mulheres", afirmou.
O governo pretende, afirmou, monitorar a forma como o dinheiro está sendo gasto. "São 15 superintendências regionais do Incra que já estão fazendo a liberação desse recurso. E nós combinamos aqui, com a nossa estrutura do Ministério do Desenvolvimento Agrário, fazer um acompanhamento qualitativo da aplicação, visto que um dos registros feito pelas lideranças da Marcha [das Margaridas] é a garantia de que esse recurso chegue efetivamente para as mulheres", disse o presidente.
A secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), Carmen Foro, também participou da reunião e cobrou do governo medidas previstas na Marcha das Margaridas. Entre os principais pontos, estão a construção de creches no campo e a criação da Política Nacional de Agroecologia – conjunto de ações de combate ao uso excessivo de agrotóxico. "Não queremos que a pauta da marcha fique adormecida no governo", afirmou Carmen.
Comentários