Caso Daniel: Delegado diz que Edison Brittes trocou de roupas após matar jogador
Edison Brittes, suspeito da morte do jogador Daniel
[caption id="attachment_149206" align="alignleft" width="300"] Edison Luiz Brittes Júnior, suspeito de matar o jogador Daniel — Foto: Reprodução/ RPC Curitiba[/caption] Caso Daniel: Delegado diz que Edison Brittes trocou de roupas após matar jogador Edison Brittes é suspeito da morte do jogador; corpo de Daniel Correa foi encontrado com sinais de tortura em um matagal na área rural de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Por Paola Manfroi , G1 PR e RPC Curitiba O delegado Amadeu Trevisan, que é responsável pelas investigações da morte do jogador Daniel Correa, disse em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (9), que Edison Brittes, suspeito da morte do jogador, trocou de roupas após abandonar o corpo em uma área rural de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. "O Edison, quando ele mata o Daniel, ele fica com as mãos e com a roupa suja de sangue. Ele para em uma determinada loja e dá dinheiro para o David, que compra roupas novas pra ele. Aí ele dispensa essas roupas dele sujas de sangue e joga juntamente com a faca no riacho", declarou o delegado. David Willian da Silva, de 18 anos, também é suspeito de envolvimento na morte do jogador. Ele prestou depoimento à polícia na tarde desta sexta-feira (9). Ygor King, de 19 anos, é outro suspeito de envolvimento no crime e também foi ouvido. Os dois falaram por cerca de duas horas e meia, segundo a Polícia Civil. "Os dois disseram que não desceram do carro e que quem desceu foi o Eduardo, juntamente com o Edison", disse o delegado Amadeu. Eduardo Henrique da Silva, de 19 anos, foi preso em Foz do Iguaçu, também por suspeita de envolvimento na morte. Ele foi trazido para Curitiba, mas só deve ser ouvido na semana que vem, ainda de acordo com o delegado. O jovem, segundo a polícia, é primo de Cristiana Brittes, esposa de Edison Luiz Brittes. Cristiana e a filha do casal Allana Brittes estão presas na Penitenciária Feminina de Piraquara. Veja a sequência dos fatos e o que ainda não se sabe sobre o crime Depoimentos Na quinta-feira (8), uma tia e uma prima de Daniel, que moram em Minas Gerais, viajaram até São José dos Pinhais e foram ouvidas pela polícia. O advogado da família do jogador, Nilton Ribeiro, informou que elas falaram por cerca de meia hora. No depoimento, a tia do jogador disse que Allana Brittes entrou em contato com a família, por telefone, após o crime, se prontificando a ajudar. Ainda de acordo com a tia, Allana disse que não sabia onde estava Daniel e que não houve briga na casa. Na ligação, conforme a tia do jogador, Allana afirmou que Daniel foi embora, sozinho, por volta das 8h da manhã de sábado. Testemunhas que estavam na casa A polícia também ouviu pessoas que estavam na casa. Em depoimento, elas disseram que ninguém ouviu Cristiana gritando por socorro e que não viram a porta do quarto do casal arrombada. Uma das testemunhas afirmou que ouviu Daniel pedindo por ajuda e dizendo que não queria morrer. Edison muda versão Edison Brittes, suspeito de matar Daniel, confessou o crime e disse que assassinou o jogador porque tentou estuprar a esposa, Cristiana. Brittes mudou a versão sobre o crime ao prestar depoimento à polícia, em relação ao que disse em entrevista à RPC, antes de ser preso. À equipe de reportagem, o empresário disse que arrombou a porta do quarto. No interrogatório, afirmou que pulou a janela ao ver Daniel com Cristiana. A morte de Daniel Daniel Freitas foi encontrado morto com sinais de tortura em uma mata perto de uma estrada rural na Colônia Mergulhão, em São José dos Pinhais. Segundo a polícia, o crime foi depois de uma festa em comemoração ao aniversário da filha de Edison, Allana Brittes. A festa começou em uma casa noturna em Curitiba, na noite de sexta-feira (26), e terminou na casa da família Brittes, na manhã de sábado (27). Edison Brittes afirmou que matou o jogador, sob descontrole emocional, depois de ouvir gritos da esposa e, em seguida, flagrar Daniel tentando estuprar Cristiana, na cama do casal. O delegado Amadeu Trevisan, responsável pelo caso, disse, depois de ouvir testemunhas, que não houve tentativa de estupro por parte de Daniel contra Cristiana. Segundo a polícia, o jogador estava muito embriagado e foi espancado por Edison e outros suspeitos. Ainda conforme a polícia, Daniel não teve condições de se defender. O corpo dele foi encontrado com mutilações e sinais de tortura.
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