PF cumpre mandado de busca em sede administrativa do Madero no PR

Madero é suspeita de lavagem de dinheiro

[caption id="attachment_130936" align="alignleft" width="300"]-08 PF cumpre mandado de busca em sede administrativa do Madero no PR Sede administrativa da rede Madero foi alvo de mandado de busca e apreensão, em Curitiba (Foto: Weliton Martins / RPC)[/caption] Contratos firmados por ex-franqueado da rede foram apreendidos pela PF. Mandado cumprido é referente a 7ª fase da Operação Acrônimo. Adriana JustiDo G1 PR A Polícia Federal (PF) cumpriu um mandado de busca e apreensão na sede administrativa da rede de restaurantes Madero, em Curitiba, na manhã desta terça-feira (13), referente a 7ª fase da Operação Acrônimo. A atual fase foi deflagrada no Paraná, São Paulo e Distrito Federal. A operação investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro por meio de sobrepreço e inexecução de contratos com o governo federal desde 2005 e mira Felipe Torres, que é ex-franqueado do Madero na cidade de Piracicaba, no interior de São Paulo. Torres também é sobrinho do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), e foi alvo de um mandado de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento. Em nota, o Madero informou que entregou para a PF contratos firmados à época em que Felipe era franqueado da rede, entre junho e outubro do ano passado. Confira a íntegra da nota no final da reportagem. A operação teve outros três mandados de busca e apreensão e dois de condução coercitiva expedidos. O outro mandado de condução é para o empresário Sebastião Dutra. Ele é suspeito de emitir notas fiscais falsas na campanha de Pimentel e também em obras no restaurante. Investigações Em maio de 2015, quando deu início à Operação Acrônimo, a PF buscava a origem de mais de R$ 110 mil encontrados em um avião no aeroporto de Brasília, em outubro do ano passado. A aeronave transportava Bené. Ele foi preso, mas liberado após pagar fiança. Bené foi apontado como suposto operador de Pimentel e já foi preso em outra fase da Operação Acrônimo. Ele disse em acordo de delação premiada que o governador repassou R$ 800 mil ao sobrinho para investir em um restaurante do qual eram sócios, no interior de São Paulo. O dinheiro, segundo o delator, é fruto de propina do esquema de corrupção investigado na Acrônimo. O advogado de Pimentel, Eugênio Pacelli, afirmou que "não existe nenhuma relação entre Pimentel e Felipe que ultrapasse o parentesco entre eles". "A defesa tem a dizer que esse  fato é um verdadeiro "café requentado" porque muito antes da delação do Benedito a PF já tinha conhecimento daquilo que imagina ser um fato ilícito. O presidente do Senado disse que o congresso estava se transformando num hospício e acha que o Brasil está se transformando num grande hospital, em que todo mundo quer fazer uma operação", afirmou. Confira a íntegra da nota da Rede Madero "O Madero S/A comunica que entregou à Polícia Federal os contratos firmados com a F2B Alimentação Ltda, em respeito ao cumprimento do Mandado de Busca e Apreensão nº 000062/2016, expedido em 1º de agosto de 2016 pelo Ilmo. Sr. Ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça, relator do Inquérito nº 1105. O Madero S/A esclarece, mais uma vez, que o Sr Felipe Torres Amaral foi franqueado do Madero na cidade de Piracicaba-SP até outubro de 2015, quando a franqueadora recomprou a franquia e encerrou o relacionamento comercial com o Sr. Felipe Torres do Amaral. O Madero S/A informa que o modelo de negócios da Rede Madero é baseado em unidades próprias e que a estratégia da marca é a de seguir expandindo sem novas franquias. Atualmente, a rede é composta por 75 restaurantes nos Estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Minas Gerais, além do Distrito Federal e de um restaurante em Miami, nos Estados Unidos. Desse total, apenas 17 unidades ainda são franqueadas. O Madero S/A manifesta, mais uma vez, seu integral apoio ao trabalho da Justiça brasileira no combate à corrupção no Brasil".

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