Criança morta ao tomar achocolatado pode ter sido envenenada, diz polícia
Polícia Civil abriu inquérito para investigar a morte da criança
[caption id="attachment_130567" align="alignleft" width="300"] Adones Negri (à esquerda) teria envenenado o produto; Deuel Rezende (à direita) teria furtado o achocolatado (Foto: Thainá Paz/ G1)[/caption] Dois homens foram presos suspeitos de envolvimento no caso. Após a morte, Anvisa determinou recolhimento do lote do achocolatado. Denise SoaresDo G1 MT Dois homens foram presos na manhã desta quinta-feira (1º) suspeitos de envolvimento na morte de uma criança de dois anos, na semana passada, em Cuiabá. O menino morreu uma hora após ter tomado um achocolatado. A suspeita é que o produto foi envenenado, de acordo com a Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica). Segundo a família da vítima, a bebida foi dada por um vizinho. A Polícia Civil afirma que Adones José Negri, de 61 anos, é suspeito de ter colocado no achocolatado um veneno para matar ratos. Deuel de Rezende Soares, de 27 anos, teria furtado a bebida de um mercado. Eles ainda vão prestar depoimento. A polícia não explicou qual é a relação dos suspeitos com a família da criança. O laudo apontando se houve ou não envenenamento ainda não foi divulgado pela Polícia Civil. O produto foi encaminhado para análise em laboratório. A Deddica não divulgou mais detalhes sobre as prisões e informou que a Secretaria de Estado de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp-MT) irá explicar o caso em uma coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira. [caption id="attachment_130568" align="alignleft" width="300"] Os dois estão presos na Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica), em Cuiabá (Foto: Thainá Paz/ G1) [/caption] Recolhimento da bebida Após a morte do menino, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento de um lote do achocolatado Itambezinho e proibiu a comercialização do produto pelo período de 90 dias, em todo o Brasil. No início desta semana, a Itambé disse, em nota, que análises laboratoriais internas não identificaram qualquer problema na composição do produto do lote suspenso e que estava à disposição para colaborar com as investigações. O caso A Polícia Civil abriu inquérito para investigar a morte da criança a partir de denúncia registrada pela mãe na Delegacia de Homícidios e Proteção à Pessoa (DHPP). A mulher, de 28 anos, relatou que o filho tomou o achocolatado, da marca Itambé, por volta das 9h, na casa da família, no Bairro Parque Cuiabá, na capital, e passou mal minutos depois. No começo desta semana, os pais do menino foram ouvidos na delegacia. Em depoimento, confirmaram a versão declarada no boletim de ocorrência registrado na semana passada. Conforme o delegado Eduardo Botelho, os pais disseram que a família ganhou o achocolatado de um vizinho e que a embalagem estava fechada. A mãe ainda declarou que ela e um tio da criança chegaram a ingerir a bebida e também passaram mal. O menino foi encaminhado à Policlínica do Coxipó, em Cuiabá, com parada cardiorrespiratória e morreu na unidade.
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