Justiça autoriza que CPI do BNDES acesse o depoimento de Bumlai à PF

Pecuarista foi preso na 21ª fase da Lava Jato e se calou diante da CPI. Após pedido da Comissão, juiz Sérgio Moro autorizou acesso ao conteúdo.

Bibiana DionísioDo G1 PR O empresário e pecuarista José Carlos Bumlai foi preso na 21ª etapa da Operação Lava Jato (Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters) O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações penais da Operação Lava Jato na primeira instância, autorizou nesta segunda-feira (14) que os deputados que integram à CPI do BNDES tenham acesso ao depoimento prestado pelo pecuarista José Carlos Bumlai à Polícia Federal em novembro deste ano. O empresário foi preso na 21ª fase da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de fraude, corrupção, desvio e lavagem de dinheiro na Petrobras. Ele está detido na Superintendência da Polícia Federal da capital paranaense. De acordo com a Polícia Federal e com o Ministério Público Federal, Bumlai utilizou contratos firmados na petrolífera para quitar empréstimos junto ao Banco Schahin. Bumlai foi indiciado na sexta-feira (11). Há indícios de que ele tenha cometido os crimes de corrupção passiva e gestão fraudulenta, de acordo com a polícia. O pedido para que o conteúdo do depoimento de Bumlai à Polícia Federal fosse dividido com a CPI do BNDES ocorreu após Bumlai se negar a responder as perguntas dos parlamentares na sessão de 1º de dezembro. Bumlai havia sido convocado para depor na comissão antes da deflagração da 21ª fase da Lava Jato. Os advogados que representam o pecuaristatentaram evitar a ida dele, adiantando que ele ficaria negado. Novo depoimento Nesta segunda-feira, Bumlai presta um novo depoimento. Um dos assuntos será a suspeita de fechamento de um contrato sem licitação com a Petrobras, no valor de R$ 1,3 bilhão, para a operação de um navio-sonda operado pela Schahin Engenharia, de acordo com a Polícia Federal.