Latrocida da funcionária do shopping foi morto quando jogava sinuca em um bar
Demontier Tenório
Exatamente uma semana após, novo homicídio foi registrado em Juazeiro do Norte por volta das 18 horas desta quinta-feira, sendo o 11º do mês de março e o 33º do ano. Rogério Ferreira Nunes, de 27 anos, residia na Rua Clotilde Norões Mota, 225 (Triângulo) e estava jogando sinuca com amigos em um bar no cruzamento das ruas Joaquim Figueiredo e Valdomiro Marçal naquele bairro. De repente, chegaram dois homens em uma moto Honda Fan de cor vermelha mandando parar o jogo.
Um deles olhou no rosto de Rogério, sacou um revólver e começou a atirar sem qualquer discussão prévia. Segundo o Subtenente Cavalcante do Ronda do Quarteirão, nenhum dos acusados se preocupou em cobrir o rosto, mas os presentes não os conheciam. De acordo com a polícia, Rogério responde processo por homicídio e estava em liberdade. Ele seria o autor do latrocínio contra Raimunda Monteiro de Lima, então com 36 anos, a Raimundinha, no dia 31 de dezembro de 2008.
Ela trabalhava em um restaurante na Praça de Alimentação do Cariri Shopping Center em Juazeiro e estava chegando ao serviço na tarde de um sábado quando caminhava sozinha pela rua entre a central de vendas e o Ginásio Poliesportivo. Rogério e um menor de iniciais C. E. L. R, então com 17 anos, trafegavam em uma bicicleta quando se aproximaram da vítima para tomar-lhe a bolsa. Ele sacou um revólver e atirou contra a cabeça de Raimundinha.
A Polícia Militar agiu rápido e meia hora depois prendeu os acusados, enquanto a funcionária do shopping viria a falecer três dias após no Hospital Santo Antonio de Barbalha. Na época, os PMs encontraram com a dupla o revólver calibre 38 usado no crime com dois cartuchos. Rogério puxou o gatilho duas vezes, sendo que uma cápsula "bateu catolé" e a outra estava deflagrada. Raimundinha ainda foi socorrida por um motoqueiro que passava no local, mas não resistiu à gravidade do ferimento.
Na delegacia, o adolescente chorou e até simulou orações pedindo para que a mulher não morresse. Antes, já tinha confessado a prática do latrocínio contra a indefesa mulher e mãe de uma filha além de denunciar seu comparsa Rogério Ferreira com autor do disparo. No mesmo dia, o menor foi posto em liberdade para curtir o réveillon junto com os seus parentes e amigos. Rogério ficou preso, mas não demorou muito tempo na cadeia.
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