Juazeiro do Norte: ESTÁCIO/FMJ: Vestibular vira caso de polícia
Madson Vagner
O vestibular da Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte – Estácio/FMJ, marcado para hoje, domingo (25), foi anulado por decisão da direção. A decisão sucedeu uma série de reclamações e invasão dos locais de prova por pais e alunos concorrentes. A situação de tumulto só foi sanada com a chegada de reforço policial.
Segundo nota, assinada pela diretora geral, Dra. Ângela Massayo, o cancelamento aconteceu “em razão da invasão dos locais de prova pelos candidatos que não estavam munidos com a documentação prevista no edital, qual seja: identidade original, cópia da identidade, assim como foto 3 x 4 datada dos últimos 30 dias.”
O tumulto aconteceu depois que cerca de 500 candidatos, barrados na entrada por não portarem documentação exigida segundo a faculdade, se revoltaram e iniciaram quebra-quebra no campus da FMJ e nas dependências do Instituto Federal do Ceará (IFCE), onde estavam sendo realizadas as provas. O portão da entrada do campus e a porta de vidro da recepção da FMJ foram depredados.
Segundo funcionários, toda a ação foi gravada por câmeras de segurança. As denuncias são de que uma mãe atirou a pedra que quebrou a porta principal, o que deve ser confirmado pela polícia ao analisar as imagens. Existe ainda, denuncia de que um professor de uma instituição de ensino de Juazeiro do Norte teria sido o grande incentivador da invasão. Segundo informações, ele teria falado da existência de dois editais com conteúdos diferentes, o que, não foi confirmado pela Faculdade segundo Dra. Ângelo em entrevista ao Miséria.
Pais de alunos que cumpriram as normas e estavam dentro das salas, questionam como ficará a situação. Ronaldo Rocha, pai de aluno concorrente e advogado, disse que ingressará com ação de “Obrigação de Fazer” para que prevaleça o direito de quem cumpriu o que se estabeleceu. Aldemir Pires, pai e residente em Salvador, Bahia, questiona, entre outras coisas, quem vai pagar suas despesas de deslocamento em outra ocasião para nova prova; além das datas que, segundo ele, não podem chocar com vestibulares de outras Universidades do Brasil.
No caso de refazer o vestibular apenas com os alunos que estavam dentro das salas e assinaram a folha de presença, existem casos como o da aluna Maysa Notato da Costa, que disse portar toda a documentação exigida, mas que não conseguiu entra por conta do tumulto. Maysa veio de Petrolina e destacou que no IFCE, onde faria a prova, tinha dois blocos a mais que na FMJ, o que atrasou a entrada dos alunos.
A faculdade ainda não se manifestou quanto a nova data da realização das provas. Funcionários disseram apenas que os concorrentes devem ficar acessando o site para saber informações sobre a data e que, quando da decisão da data os alunos devem receber comunicado pelos e-mails cadastrados.
A polícia interditou a entrada da faculdade (Foto: Normando Sóracles/Agência Miséria)
A polícia fez um cordão de isolamento na porta da Instituição (Foto: Normando Sóracles/Agência Miséria)
Denuncias são de que uma mãe atirou a pedra que quebrou a porta principal (Foto: Normando Sóracles/Agência Miséria)
Dra. Ângelo Massayo Ginbo (Foto: Normando Sóracles/Agência Miséria)
Maysa da Costa Nonato Coelho mostra documentação exigida mais não conseguiu entrar na sala (Foto: Normando Sóracles/Agência Miséria)
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