O motorista Damião Cosmo Tenório, de 56 anos, foi condenado a nove anos de prisão em regime inicialmente fechado pelo assassinato do taxista Manoel José Ferreira Batista, o “Zequinha”, que tinha 54 anos e foi morto a tiros no dia 15 de março de 2010. Trata-se de um ano a menos em relação ao primeiro julgamento ocorrido no dia 15 de maio de 2012. O taxista e filho de Damião, Francisco Sidnei de Sousa Tenório, de 36 anos, foi novamente absolvido.

O novo julgamento foi motivado pela decisão do Ministério Público em recorrer contra a sentença anterior. O Conselho reconheceu por maioria de votos que Damião praticou o crime por violenta emoção e sem permitir defesa da vítima ao planejar e executar com extrema violência desferindo cinco tiros, sendo três pelas costas. De acordo com a sentença lida pelo juiz José Mauro Lima Feitosa, ele agiu vela violenta emoção configurando um homicídio privilegiado o que garantiu a redução da pena.

A sentença reconheceu ainda como censurável o comportamento da vítima ao provocar vários conflitos contra os acusados no exercício da profissão de taxista. Na época do crime, Damião era motorista do Programa Saúde da Família (PSF) e fugiu no carro da frota oficial do município, sendo preso pouco tempo depois juntamente com o seu filho o qual foi absolvido por negativa de autoria

Zequinha foi morto quando deixava um casal na Rua Afonso de Melo (Salesianos) e tinha acabado de retirar a feira do carro, sendo surpreendido pelos disparos de revólver. Supostamente, o motivo teria sido a disputa por um ponto de taxi no Atacadão Carrefour e ele morreu no local onde foi baleado. A vítima não desconfiou que estava sendo seguido por àquele carro oficial no momento em que transportava os passageiros. Damião teria se aproximado da vítima com a arma envolta em uma blusa e, após os disparos, fugiu no Gol.

Demontier Tenório