Leung Chun-ying é o novo chefe do Executivo da região semiautônoma.

Data também marca 15º aniversário da volta da ex-colônia britânica à China.

G1, com agências internacionais

Leung Chun-ying foi empossado como chefe do Executivo de Hong Kong pelo presidente da China, Hu Jintao, neste domingo (1º), em meio a celebrações oficiais e protestos. O dia também marca o 15 º aniversário da volta da região à China depois de mais de um século de controle colonial britânico.

Leung, filho de um policial de 57 anos de idade e que se tornou um milionário, substitui o burocrata Donald Tsang, que assumiu o cargo em 2005.

Ele assume cargo mais alto de Hong Kong em meio à crescente ira pública - o povo de Hong Kong reclama da desiguldade social, da disparada dos preços imobiliários e está inquieta quanto à crescente influência da China continental sobre a região semiautônoma.

15 anos
Hong Kong vivenciou desenvolvimentos significativos desde seu retorno ao seio da China, no dia 1 de julho de 1997, declarou o presidente, que considerou que o princípio de "um país, dois sistemas" estabelecido por Pequim para tranquilizar a população há 15 anos funcionou.

Segundo este princípio, Hong Kong tem o status de uma região semiautônoma. O território conservou sua moeda (o dólar de Hong Kong), seu próprio sistema judiciário, e, sobretudo, uma liberdade na imprensa e na palavra que não existe no resto do país.

Hu Jintao deverá anunciar medidas para reforçar a cooperação econômica entre Hong Kong e Pequim. Há vários anos, a China tenta utilizar Hong Kong como palco de testes para internacionalizar sua moeda, o iuane.

Apesar da integração econômica crescente entre Hong Kong e China, e do apoio econômico fornecido pelo continente ao território durante as crises dos últimos anos, a desconfiança continua sendo a regra entre os habitantes da região.