Ter boa vontade já é um grande passo, diz rainha Silvia, da Suécia

Mulher do Rei Carlos XVI Gustavo participou de fórum de sustentabilidade.

Darlan AlvarengaDo G1, no Rio

A rainha Silvia, da Suécia, afirmou neste sábado (16) estar otimista em relação aos resultados da Rio+20 e que “a boa vontade” de governos, companhias e sociedade já representará “um grande passo” rumo a um futuro sustentável para as próximas gerações.

“Tendo a boa vontade, já é um grande passo. Unindo, dando as mãos, juntos, todos vão fazer uma grande diferença”, afirmou em entrevista ao G1, após participar de uma sessão de debate sobre respeito e suporte aos direitos humanos, durante do Fórum de Sustentabilidade Empresarial Rio+20, organizado pelo Pacto Global das Nações Unidas, que vai até o dia 18 no Windsor Barra Hotel.

Em um português fluente, quase sem nenhum sotaque, a mulher do Rei Carlos XVI Gustavo, afirmou que a mobilização promovida pela conferência demonstra que os governos e a sociedade em geral estão mais comprometidos com a sustentabilidade.

“São tantos governos que estão aqui. São mais de 120 governos e muitas pessoas que estão seriamente interessadas”, disse. Segundo a embaixada da Suécia, a rainha e o rei permanecerão no Brasil até o final da Rio+20.

A rainha é fundadora e presidenta da Childhood Fundation, organização que se destina à proteção de crianças. A instituição foi fundada há 12 anos e está presente em 16 países, inclusive no Brasil.

Em sua fala para os participantes do fórum, a rainha defendeu o respeito aos direitos humanos e da dignidade de todos como uma das responsabilidades a serem assumidas em prol do desenvolvimento sustentável.

“O importante é que não é só o governo. Todas as pessoas devem ajudar e, naturalmente, as companhias, indústrias têm também que pensar no direito das pessoas: direitos humanos e direto das crianças”, comentou.

Sílvia Renate Sommerlath nasceu na Alemanha, em 1943, e é filha do empresário alemão Walther Sommerlath e da brasileira Alice Soares de Toledo. Após o final da Segunda Guerra Mundial, em 1947, sua família se mudou para o Brasil pela segunda vez e viveu em São Paulo até 1957, retornado depois à Alemanha.

Silvia Somerlath conheceu seu marido, o então futuro rei da Suécia, durante os Jogos Olímpicos de Munique, em 1972, quando ela estava trabalhando como intérprete.