Veja como foi a primeira 'live' de Marte, feita pela Agência Espacial Europeia
Os registros demoraram cerca de 17 minutos para chegar à Terra, 1 minuto mais rápido que a previsão inicial da ESA.
Evento inédito transmitiu novas imagens do Planeta Vermelho, numa espécie bem diferente de transmissão ao vivo.
Por Roberto Peixoto, g1
O Planeta Vermelho visto pela câmera do Mars Orbiter, mesmo equipamento que fez a primeira live de Marte nesta sexta (2). — Foto: ESA
Pela primeira vez, a Agência Espacial Europeia (ESA) realizou nesta sexta-feira (2) uma espécie de "live" de Marte.
O evento, que começou perto de 13h no horário de Brasília, não foi uma transmissão ao vivo de fato, visto que as imagens do Planeta Vermelho demoraram para chegar aqui na Terra, mas foi algo bem parecido.
Isso porque os registros demoraram cerca de 17 minutos para chegar à Terra, 1 minuto mais rápido que a previsão inicial da ESA.
Por um breve momento, a agência também teve problemas técnicos com o sinal de Marte por causa do mau tempo perto de Madri, na Espanha, onde fica um dos receptores da agência.
Por isso, as imagens pararam de ser atualizadas durante alguns minutos. Mas o problema foi logo resolvido.
As imagens, porém, foram de qualidade razoavelmente baixa, visto que a câmera de observação utilizada na transmissão é bem antiga e não foi projetada especificamente para um projeto do tipo.
Apesar disso, os cientistas da ESA celebraram o sucesso da empreitada, que aconteceu por um motivo especial: para celebrar o 20º aniversário do Mars Express, uma missão não tripulada da ESA que estuda a atmosfera e a superfície do planeta vermelho desde 2003.
Mas por que todo esse tempo de viagem? Por que não vimos uma transmissão ao vivo de fato? Bom, isso acontece porque a luz tem uma velocidade de propagação, que é no caso 299 792 458 m/s no vácuo. Assim, apesar de ser muito rápida (uma velocidade imensamente difícil de alcançar e impossível de ser superada por qualquer objeto), isso leva um certo tempo.
A luz do Sol, por exemplo, demora em média 8 minutos para chegar aqui na Terra. Ou seja, se você olhar para o nosso astro agora, estará vendo uma imagem dele de 8 minutos atrás.
Por isso, para a maioria das missões espaciais, esse atraso não é um problema. Os cientistas se debruçam sobre esses dados que chegam por anos, explica a ESA, descobrindo novos segredos sobre o Universo. As transmissões ao vivo é que são de fato eventos mais raros.
https://g1.globo.com/ciencia/noticia/2023/06/02/veja-como-foi-a-primeira-live-de-marte-feita-pela-agencia-espacial-europeia.ghtml
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