10° dia de Guerra na Ucrânia é marcado por avanço russo a cidades estratégicas
Nos ataques mais recentes, os russos chegaram à cidade de Kharkov e à Usina de Zaporizhzhia.
Anúncios de retirada do Youtube, Twitter, Facebook e redes de televisão mundiais não mudaram panorama no território da Ucrânia. Confira principais acontecimentos do décimo dia de guerra
Por g1
Um tanque é visto em uma rua nos arredores de Donetsk, na Ucrânia, depois que o presidente russo Vladimir Putin ordenou o envio de tropas russas para duas regiões separatistas no leste do país após o reconhecimento de sua independência — Foto: Alexander Ermochenko/Reuters
Neste sábado (5), a invasão russa à Ucrânia chega ao seu décimo dia. Até o momento, os países ainda não encontraram uma solução diplomática para o conflito. O governo da Rússia segue avançando suas tropas em busca de locais que consideram estratégicos.
Nos ataques mais recentes, os russos chegaram à cidade de Kharkov e à Usina de Zaporizhzhia.
Zelensky critica Otan
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, lamentou nesta sexta-feira (4) a decisão "deliberada" da Otan de não estabelecer uma zona de exclusão aérea na Ucrânia, apesar da invasão russa da Ucrânia.
"Hoje, a liderança da Aliança (Atlântica) deu luz verde para a continuação do bombardeio de cidades ucranianas, recusando-se a estabelecer uma zona de exclusão aérea", afirmou Zelensky em um vídeo divulgado pela presidência ucraniana.
"Apesar de saber que novos bombardeios e novas baixas são inevitáveis, a Otan decidiu deliberadamente não fechar o espaço aéreo da Ucrânia", criticou o presidente da Ucrânia.
"Entendemos que os países da Otan criaram uma história para si mesmos, segundo a qual o fechamento do espaço aéreo da Ucrânia provocaria uma agressão direta da Rússia contra a Otan", acrescentou.
Governo da Rússia cria aula digital com sua versão da invasão à Ucrânia
O Ministério da Educação da Rússia criou uma aula digital para que os alunos das escolas de todo o país "entendam o que é verdade e mentira" quanto ao avanço russo na Ucrânia.
"Contaremos para todas as crianças das escolas russas por que a missão de libertação na Ucrânia é uma necessidade", diz publicação da pasta em uma rede social.
"Espera-se que os alunos sejam ensinados sobre o perigo que a Otan representa à Rússia, bem como o motivo pela Rússia ter protegido as regiões independentes de Luhansk e Donetsk", diz o comunicado.
Ucrânia afunda seu maior navio de guerra
A Marinha ucraniana afundou seu maior navio de guerra, a fragata Hetman Sahaidachny, que estava parcialmente desmontada, passando por reparos, na cidade de Mykolaiv, perto do litoral do Mar Negro.
Era impossível montá-la e restaurar sua capacidade de combate a tempo de enfrentar os russos.
Segundo o site local Dumskaya, a inteligência ucraniana obteve a informação de que uma operação especial das forças especiais navais de Moscou havia sido planejada para apreender o Hetman Sahaidachny.
Refugiados
Segundo levantamento feito pela agência de refugiados da ONU (ACNUR), mais de 1 milhão de pessoas já saíram da Ucrânia desde o início da guerra contra a Rússia.
A contagem do ACNUR equivale a mais de 2% da população da Ucrânia em movimento em menos de uma semana. O Banco Mundial contabilizou a população em 44 milhões no final de 2020.
O número se torna surpreendente pela velocidade, uma vez que aconteceu no intervalo de uma semana.
A agência da ONU previu que até 4 milhões de pessoas podem eventualmente deixar a Ucrânia, mas alertou que mesmo essa projeção pode ser revisada para cima.
Sanções e bloqueios
Em anúncio feito durante esta sexta-feira, a operação das redes sociais Youtube, Facebook e Twitter foram suspensas na Rússia. Além das plataformas, emissoras de TV internacionais também cancelarão sua transmissão à população local.
O grupo de transporte marítimo Maersk anunciou que interromperá temporariamente todo o transporte de contêineres para a Rússia, se juntando a uma série de outras empresas após as sanções ocidentais impostas a Moscou.
A suspensão, que abrange todos os portos russos, não inclui alimentos, suprimentos médicos e humanitários, disse a dinamarquesa Maersk. A Maersk detém 31% da operadora portuária russa Global Ports, que opera seis terminais na Rússia e dois na Finlândia.
https://g1.globo.com/mundo/ucrania-russia/noticia/2022/03/05/10-dia-de-guerra-na-ucrania-e-marcado-por-avanco-russo-a-cidades-estrategicas.ghtml
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