Russos intensificam ataques e explodem depósito de petróleo na Ucrânia
Governo da Ucrânia afirma que ainda detém controle de Kiev
Guerra de Putin: Governo da Ucrânia afirma que ainda detém controle de Kiev, mas russos intensificam ataques e explodem depósito de petróleo
Pela primeira vez desde a sexta-feira, o presidente Vladimir Putin apareceu publicamente afirmando que as ações militares são para "prestar assistência às repúblicas populares de Donbass"
O Globo, com New York Times
Depósito de petróleo em chamas, em Vasylkiv, nos arredores ao sul de Kiev, após ataque das forças russas Foto: MAKSIM LEVIN / REUTERS
KIEV - O governo ucraniano afirma permanecer no controle da capital, Kiev, quando a invasão russa entrou em seu quarto dia. O comunicado foi divulgado às 6h deste domingo, pelo Estado-Maior das Forças Armadas do país. “Os ocupantes russos estão usando ativamente grupos de sabotagem e reconhecimento, que estão destruindo a infraestrutura civil e matando civis nas grandes cidades”, disse o comunicado.
Apesar da resistência, Kiev continua sob intenso ataque militar. Forças russas explodiram um depósito de petróleo na cidade de Vasylkiv, nos arredores ao sul de Kiev. Nataliia Balasynovych, prefeita de Vasylkiv, postou no Facebook que tropas russas lançaram mísseis balísticos, seguidos de bombardeios.
A cidade fica perto de uma base aérea militar que tem sido palco de intensos combates. Oleksyi Kuleba, uma autoridade regional, escreveu no Facebook que o incêndio no depósito de petróleo representava uma ameaça de desastre ambiental e que os esforços para extingui-lo foram paralisados por combates contínuos. O governo da cidade de Kiev alertou os moradores para fecharem as janelas para reduzir o risco de respirar a fumaça nociva do incêndio.
Os ucranianos acusaram os russos de violar o direito humanitário, dizendo que um ataque a um depósito de petróleo em Vasilkov, nos arredores da cidade de Kiev, e a destruição de um gasoduto em Kharkiv foram ataques diretos à infraestrutura civil.
E em sua primeira aparição pública desde a sexta-feira, o presidente Vladimir Putin referiu-se à invasão da Ucrânia pela Rússia como uma “operação especial para prestar assistência às repúblicas populares do Donbass”.
Principal alvo da estratégia de guerra de Putin, em Kiev quase não se vê soldados nem equipamentos militares. O destaque na defesa da capital da Ucrânia são os civis, que se armaram e estão, pelo menos atrasando o avanço do exército russo.
Mais armas
O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, disse no domingo que seu país fornecerá armas letais ao governo ucraniano, enquanto tenta conter o avanço russo.
Morrison disse que a ajuda, que será entregue através da Otan, complementaria equipamentos e suprimentos não letais que a Austrália já havia se comprometido a enviar. O primeiro-ministro também disse que priorizará os vistos para pessoas que fogem da Ucrânia, mas não disse quantos serão concedidos.
Em defesa de Putin
A Coreia do Norte fez o que parece ser seu primeiro comentário oficial sobre a guerra na Ucrânia, publicando uma declaração que culpou a "arrogância e arbitrariedade" dos Estados Unidos e "desrespeito à demanda legítima da Rússia por sua segurança".
“Já se foram os dias em que os EUA reinavam supremos”, disse Ri Ji-song, analista do governo norte-coreano, no comunicado, publicado no sábado no site do Ministério das Relações Exteriores do país. A Rússia é um dos poucos amigos poderosos da Coreia do Norte.
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