Nobel da Paz pede ajuda a Dilma para reproduzir Bolsa Família no Iêmen

Ativista de direitos humanos se reuniu com a presidente nesta quarta.

Fabiano CostaDo G1, em Brasília

A ativista de direitos humanos Tawakkol Karman, uma das vencedoras do Prêmio Nobel da Paz de 2011, pediu nesta quarta (7) à presidente Dilma Rousseff, durante audiência no Palácio do Planalto, apoio para reproduzir no Iêmen programas sociais como o Bolsa Família.

Mais jovem Nobel da Paz e primeira mulher árabe a receber o prêmio, a jornalista de 33 anos foi uma das líderes da revolta que derrubou uma ditadura de 32 anos no Iêmen.

Ela também pediu ao governo brasileiro que financie bolsas de estudo para jovens iemenitas que se engajaram na Primavera Árabe, a onda de protestos ocorrida em países árabes entre 2010 e 2012.

Em visita ao Brasil para participar da 15ª Conferência Internacional Anticorrupção, Tawakkol Karman conversou com Dilma por cerca de uma hora e meia na tarde desta quarta..

Trajando um vestido preto de mangas compridas que se estendia até os calcanhares e um véu branco com temas florais, a ativista do Iêmen relatou ao final do encontro, com a ajuda de um tradutor, que a presidente recebeu os apelos com simpatia e prometeu analisar a proposta de auxílio ao país árabe.

Sorridente, ela elogiou os brasileiros por terem escolhido uma mulher para comandar o país.  “Queria parabenizar vocês brasileiros por ter uma presidenta. Tenho certeza de que todas as brasileiras têm orgulho de serem governadas por uma mulher”, afirmou.

Apelidada pelos iemenitas de “mulher de ferro” e “mãe da revolução”, Tawakkol Karman também disse ter solicitado ao ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, que o Brasil continue atuando nos fóruns internacionais em defesa dos direitos humanos.

Ela afirmou que gostaria de ver o governo brasileiro se empenhando mais na busca de uma solução do conflito na Síria, país mergulhado em uma guerra civil.