Ataque a tiros na Califórnia deixa quatro mortos, incluindo uma criança

O suspeito foi internado em situação crítica, com ferimento causado por bala de fogo.

Policiais isolam a cena do crime, após atirar e prender o suspeito pelo tiroteio em Orange, ao sul de Los Angeles Foto: REUTERS / ALEX GALLARDO

Um homem foi preso após trocar tiros com a polícia, em um prédio comercial no distrito de Orange, ao sul de Los Angeles

O Globo e agências internacionais

ORANGE, EUA — Quatro pessoas morreram, incluindo uma criança, durante um ataque a tiros em um prédio de escritórios em Orange, no Sul da Califórnia, na quarta-feira, afirmaram as autoridades. É o terceiro incidente do tipo nos Estados Unidos em duas semanas, situações que reacenderam os debates sobre maiores controles na venda de armas, um assunto que há décadas é motivo de discórdia no país.

O tiroteio ocorreu num prédio comercial de dois andares, por volta de 17h30 (21h30, horário de Brasília), na localidade ao sul de Los Angeles. Na página oficial do Departamento de Polícia de Orange, no Facebook, foi postado o relato de que um "tiroteio envolvendo um policial" havia ocorrido e que a situação já havia sido "estabilizada", sem mais ameaças ao público.

Segundo o jornal New York Times, a tenente Jennifer Amat, porta-voz do Departamento de Polícia de Orange, relatou que tiros estavam sendo disparados quando os policiais chegaram.

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O suspeito foi internado em situação crítica, com ferimento causado por bala de fogo. Uma quinta vítima, uma mulher, também está internada em estado crítico. Maiores detalhes sobre ambos ou referentes às outras vítimas, contudo, não foram divulgados pelas autoridades.

Policiais cercam prédio comercial onde houve o tiroteio que deixou ao menos quatro mortos, inclusive uma criança, ao sul de Los Angeles, em Orange County Foto: Reprodução de vídeo

Em março, dois massacres — um em Atlanta, na Geórgia, e outro em Boulder, no Colorado —, ocorreram em uma semana. Em Atlanta, no dia 16, oito pessoas morreram, seis delas mulheres asiáticas, em um ataque a centros de massagem. Menos de uma semana depois, no dia 22, um homem abriu fogo em um supermercado, matando dez pessoas.

Antes do ataque na Geórgia, fazia um ano que não havia um massacre deste tipo nos EUA, em parte devido às restrições de locomoção impostas pela Covid-19. Em resposta, o presidente Joe Biden pressionou o Senado pela aprovação de um texto, que já teve o aval da Câmara, que estende o controle de antecedentes na venda de armas para todos os compradores.

O democrata ainda defendeu a proibição do porte de rifles semiautomáticos e cartuchos de alta capacidade, ideias impopulares entre os republicanos. Muitos conservadores, grupo entre o qual o lobby armamentista é particularmente poderoso, tendem a argumentar que os controles vão contra a Segunda Emenda da Constituição, interpretada como o direito dos cidadãos americanos possuírem armas de fogo.

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