Passa de 800 o número de mortos na indonésia

Indonésia sofre terremoto e tsunami

[caption id="attachment_148493" align="alignleft" width="300"] Homem observa vítimas do terremoto e do tsunami na indonésia — Foto: Muhammad Adimaja / Reuters[/caption] Passa de 800 o número de mortos na Indonésia devastada por terremoto e tsunami Número de mortos, porém, pode subir, pois há dezenas de desaparecidos e mais de 500 feridos, muitos deles em estado grave. Por G1 O presidente de Indonésia, Joko Widodo, iniciou neste domingo (30) uma visita às áreas mais afetadas da ilha de Célebes, devastada pela série de terremotos e tsunami de sexta-feira (28). O número de mortos dobrou em relação ao último boletim oficial e foi a 832 vítimas fatais. Porém, esse número pode subir, pois dezenas de pessoas seguem desaparecidas e mais de 500 estão feridos, muitos deles em estado grave. Widodo chegou ao aeroporto de Palu, capital da província de Célebes, algumas horas depois que o complexo, fechado na sexta, reabriu para voos comerciais. “Quero ver eu mesmo e assegurar-me de que a resposta ao impacto do terremoto e do tsunami em Célebes Central chega a todos nossos irmãos. Peço a todo o país que reze por eles”, escreveu o presidente no twitter. De acordo com o porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres, Sutopo Purwo Nugroho, a maioria das vítimas foi registrada em Palu, cidade com cerca de 350 mil habitantes na costa oeste de Celebes, havendo também registro de 11 mortes na vizinha Donggala. Nugroho afirmou que um enterro em massa será realizado na cidade de Palu, por motivos de segurança sanitária. A Cruz Vermelha Internacional alertou que ainda há pouca informação sobre Donggala, cidade de difícil acesso, afirmando ser a situação "extremamente preocupante" no local. As falhas nas comunicações têm dificultado os trabalhos das equipes de busca e salvamento no terreno. As agências internacionais falam em centenas de feridos, que recebem tratamento médico em tendas improvisadas. [caption id="attachment_148492" align="alignleft" width="300"] Escombros de shopping destruído em Palu — Foto: Tatan Syuflana / AP[/caption] A catástrofe começou na sexta, com um terremoto de magnitude 6,1 seguido por outro, mais potente, de magnitude 7,5, e de tsunami. As autoridades atualizaram neste domingo os números da tragédia: são 832 mortos, 540 feridos, 29 desaparecidos, 16.732 desabrigados ou deslocados e 350 mil afetados pelo terremoto ou pelo tsunami. Apesar da reabertura do aeroporto de Palu, a organização AirNav Indonesia afirmou em comunicado que os voos comerciais serão limitados e que receberão prioridade nas operações de emergência e na ajuda humanitária. A Força Aérea indonésia tem preparados para enviar para Palu 12 aviões Hércules, quatro Boeing 737, cinco aviões CN 295, dois aviões CN 235 e vários helicópteros para que cumpram tarefas de salvamento, assistência humanitária, evacuação e logística. O chefe da Força Aérea, Yuyu Sutisna, afirmou para a imprensa local que também serão enviados cem integrantes de unidades especiais. O Ministério de Saúde está organizando a chegada de pessoal e material médico a Palu e as outras zonas afetadas, como a cidade de Donggala, a outra mais castigada com 277 mil habitantes. O Ministério dos Assuntos Sociais enviou para Palu seis cozinhas públicas com capacidade para preparar 36 mil refeições diárias. Para conter os casos de roubo e pilhagem em Palu, autoridades autorizaram as vítimas a obter provisões em determinados negócios dirigidos pelo Estado. A Indonésia está situada sobre o chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma zona de grande atividade sísmica e vulcânica onde, em cada ano, são registrados cerca de 7 mil terremotos, a maioria moderados. Entre 29 de junho e 19 de agosto, pelo menos 557 pessoas morreram e quase 400 mil ficaram desabrigadas devido a quatro terremotos de magnitudes entre 6,3 e 6,9, que sacudiram a ilha indonésia de Lombok.