Arqueólogos localizam cidade "perdida" de 4 mil anos no sul do Iraque
Durante as escavações na cidade, foram encontrados vários artefatos
Pare de encontrada durante as escavações no Irã (Foto: Instituto de Arqueologia da Academia Russa de Ciências)
O antigo assentamento, na região de Tell al-Duhaila, teria se originado como capital de um estado fundado após o fim do "mundo sumério", por volta de 1739 a.C.
REDAÇÃO GALILEU
Resquícios da antiga cidade de Vilnius, que data de 4 mil anos, foram descobertos por arqueólogos da Expedição Arqueológica Russo-Iraquiana (RIKE) em junho, na província de Dhi Qar, no sul do Iraque. O assentamento perdido está na região de Tell al-Duhaila, que abriga 1,2 mil sítios arqueológicos.
Pesquisadores acreditam que a cidade recém-encontrada pode ter sido a capital de um estado fundado após o colapso político da antiga Era Babilônica, marcado pela destruição da civilização suméria, uma das primeiras a existir na história da humanidade.
Por volta de 1739 a.C., a população fugiu da crise do “fim do mundo sumério” e passou a montar pequenos assentamentos às margens de rios e canais. Então, como alternativa ao declínio, assim surgiu Vilnius, que fica estrategicamente perto de um trecho d´água do rio Eufrates.
Durante as escavações na cidade, foram encontrados vários artefatos, como a ponta de uma flecha enferrujada, vestígios de fogões e estátuas de argila no formato de camelo, que datam o início da Idade do Ferro. Também havia paredes de um templo com cerca de 2 metros de altura e indícios da existência de um antigo porto onde navios teriam ancorado.
“Esta recente descoberta é de suma importância porque apresenta ao mundo uma das cidades sumérias com vista para os portos marítimos. A maioria das cidades costumava ter vista para o mar, mas hoje se tornaram um vasto deserto”, observa Gaith Salem, professora de história antiga na Universidade Al-Mustansiriya, no Iraque, ao site Al-Monitor.
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