Repórter brasileira é assediada por torcedor na Copa: 'Desrespeito'
A repórter expôs a situação pelo Instagram
[caption id="attachment_146743" align="alignleft" width="300"] Repórter Laura Zago, da CBF TV (Reprodução / Instagram via midiamax)[/caption] Repórter brasileira é assediada por torcedor na Copa: 'Desrespeito' Profissional da CBF TV expôs a situação pelo Instagram POR NOTÍCIAS AO MINUTO - ESPORTE VEJA Mais uma profissional sofreu assédio enquanto cobria a Copa do Mundo na Rússia. Desta vez, um homem tentou beijar a repórter Laura Zago, da CBF TV, durante uma gravação na última quarta-feira (27), em Moscou. A CBF divulgou o vídeo do assédio neste sábado pelo Instagram e compartilhou um texto da jornalista. Na publicação, Laura diz que já passou por três situações desrespeitosas durante a Copa. "O que algumas pessoas precisam entender que isso não é engraçadinho, não é piada e não é uma brincadeira no momento de êxtase do jogo. É um desrespeito, eu estudei, me preparei, cheguei aqui na Rússia e não é para ficar sendo desrespeitada durante o meu trabalho. Isso não tem graça", escreve. LEIA MAIS Repórter reage a assédio em estádio e bate com microfone em torcedor A repórter da Fox explicou porque agiu dessa forma. “O que aconteceu comigo na quinta-feira (26 de abril, quando o vídeo foi feito) acontece a milhares de mulheres todos os dias em espaços públicos. A diferença é que isso aconteceu comigo na televisão ao vivo e eu decidi me defender”, escreveu María Fernanda em suas redes sociais. “Eu pensei que ele pudesse ter tocado em mim acidentalmente por causa dos empurrões e continuei falando com a câmera. Esse homem se encorajou porque eu não reagi e continuei fazendo meu trabalho e colocou sua mão entre minhas nádegas mais duas vezes. Eu decidi me defender”, explicou. midiamax.com.br LEIA TAMBÉM Comitê da Copa diz que assédio a mulheres não 'é grande problema' Imagem: AFP Rodrigo Mattos Do UOL O chefe do Comitê Organizador da Copa-2018, Aleksander Sorokin, afirmou que a questão de assédios a mulheres durante o Mundial não é um grande problema. O Comitê tinha informado que ações tinham sido tomadas sobre o assunto até com possibilidade de cancelamento da Fan IDs (credenciamento de torcedores). Mas não há números de punidos. Desde o início da Copa, houve vídeos divulgados de brasileiros ou argentinos em que assediam mulheres russas com palavras obscenas que elas desconhecem o teor. Houve reclamações de ativistas femininas na Rússia que denunciaram o caso à Justiça. "Esses incidentes, ou casos, de ataques assalto não são conhecidos por mim. Só vi estatística sobre isso. Não representa um problema grande. Nós pedimos para todos os fãs para exercerem respeito. Não interessa se é para mulheres, idosos, crianças. Básico de respeito em qualquer país europeu ou outro lugar. Se houver casos criminal, haverá medidas tomadas. Não interessa que seja na Copa ou não", contou Sorokin. Questionado pelo UOL Esporte anteriormente, o Comitê Organizador reconheceu o problema, mas também ratificou que eram "casos isolados onde houve falta de respeito que levou a comportamento inaceitável de torcedores com mulheres". Segundo o Comitê, nesses casos, deve ser chamada a segurança para agir. O COL informou que houve ação contra aqueles que assediaram, mas não soube informar quem foi punido e se houve perda de FAN IDs. Isso é uma medida que depende do Ministério de Comunicação e Média do governo Russo. "Ação foi tomada contra pessoas que foram identificadas por essas transgressões, inclusive possível cancelamento de FAN ID", informou o Comitê, requisitando que o Ministério de Comunicações desse mais informações sobre o caso. O governo russo não respondeu a questionamentos sobre o tema.
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