Desembargador reverte decisão, e clássico terá público de Fla e Flu

Clássico Fla, Flu, domingo no Maracanã

[caption id="attachment_134538" align="alignleft" width="300"]-07 Desembargador reverte decisão, e clássico terá público de Fla e Flu Estádio Nilton Santos recebe a final neste domingo (Foto: Divulgação / Botafogo)[/caption] Agora, as duas equipes correm contra o tempo para iniciar a venda de ingressos para a decisão, que será disputada no domingo, às 16h (de Brasília) Por Felipe Siqueira e Vicente SedaRio de Janeiro A final da Taça Guanabara, entre Flamengo e Fluminense, domingo, às 16h, Nilton Santos terá torcedores de ambas as equipes. Na tarde desta sexta-feira, o desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Gilberto Clovis Farias Matos, acatou o recurso dos clubes e suspendeu a liminar que obrigava torcida única em clássicos na cidade. A dupla Fla-Flu entrou com recurso em conjunto, e a Ferj com outro. Agora, os rivais agilizam os trâmites para que se inicie o mais rápido possível a venda de ingressos para a decisão. - O Flamengo fica bastante satisfeito com a decisão e agora sua torcida poderá comparecer - disse Nereo Matos, advogado contratado pelo Flamengo no caso. Já Gustavo Tenório, advogado do Fluminense, destacou que os clubes enfrentaram dificuldades para conseguir torcida mista no clássico. - Foi um esforço conjunto. Fluminense lutou bastante por isso (torcida mista). Ele abordou que era decisão difícil de se cumprir, várias questões que não vou conseguir resumir. Importante é que vai ter uma final com duas torcidas. Sandro Trindade, procurador da Ferj, entende que a suspensão da liminar foi a melhor decisão, já que torcedores de um dos clubes poderiam comprar ingressos da torcida adversária e causar problemas. - Foi a mais acertada na medida, porque a liminar, como foi lançada, possibilitava que a torcida do Flamengo viesse comprar ingressos e pudesse trazer problema de segurança. Queremos colocar em prática as medidas que foram adotadas na semifinal. Vamos sentar com clubes para que tudo possa ser feito, para que nova campanha em prol da paz nos estádios seja lançada - falou. Representantes do Fluminense, Flamengo e Ferj compareceram ao Fórum do Tribunal de Justiça logo no início da manhã para definir o jogo. Antes, nesta madrugada, tentaram derrubar a liminar, mas não encontraram o desembargador que deveria estar de plantão para caso de urgência. A decisão foi adiada para esta manhã. Enquanto a liminar não era cassada, Fluminense e Flamengo foram ao TJD e pediram para que a decisão fosse disputada com portões fechadas. O pedido foi aceito, mas será revertido com a cassação da liminar que determinava torcida única. Inicialmente, quem atendeu clubes e Ferj no início desta manhã foi o desembargador André Emilio Ribeiro. Ele se declarou impedido de julgar o processo por ser sócio-torcedor do Flamengo. Com isso, o processo foi encaminhado para para uma câmara cível, composta por três desembargadores, sendo um relator. Este, Gilberto Clovis, analisou com urgência o pedido de liminar para o domingo e tomou a decisão de cassar a liminar e abrir os portões para as duas torcidas cariocas. Fim da torcida única? O mérito do recurso que pede a extinção da liminar - ou seja, todo o seu teor - também precisa ser analisado. Ou seja, a liminar não será definitivamente derrubada nesta sexta. O que o relator pode fazer, por enquanto, é dar uma liminar suspendendo provisoriamente a decisão de torcida única nos clássicos cariocas até que seja julgado o mérito do recurso por esse colegiado de desembargadores. Entenda o caso: No dia 17 de fevereiro, o juiz Guilherme Schiling, do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos do Rio, determinou que os clássicos realizados no estado seriam com torcida única. Clubes e Federação, após audiência, conseguiram a suspensão da liminar para a semifinal entre Flamengo e Vasco, no sábado. Para a decisão, contudo, as discussões voltaram à tona. O Fluminense, sorteado como mandante do jogo, ganhou o direito, após audiência na tarde desta sexta, de jogar apenas para sua torcida. Eduardo Bandeira de Mello e Pedro Abad afirmaram ser contra a decisão e recorreram.

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